Influência do torque e da ciclagem mecânica na manutenção da pré-carga e resistência à fratura de parafusos de retenção em diferentes junções parafusadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Ebele Adaobi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/142863
Resumo: Sendo o afrouxamento e fratura dos parafusos de retenção as principais complicações em próteses implantossuportadas, este estudo teve como objetivo avaliar a manutenção do torque remanescente e ocorrência de fraturas em parafusos de retenção de pilares UCLA, para implantes de conexão hexagonal externa e cone Morse, em função do torque aplicado (recomendado pelo fabricante, torque obtido através de aperto manual e sem torque), submetidos à ciclagem mecânica. Sequencialmente, investigou-se a resistência à fratura desses parafusos por meio do teste de compressão em uma máquina de ensaio universal. Foram utilizados 36 implantes embutidos em poliuretano com uma inclinação de 30°, divididos em 6 grupos em função do tipo de conexão e do torque aplicado. De forma randomizada, os espécimes pertencentes ao grupo sem torque foram submetidos a ciclagem mecânica e os dos grupos torque recomendado pelo fabricante e torque manual foram submetidos a aplicação do torque e mensuração da pré-carga remanescente, antes (3 minutos após o aperto) e após a ciclagem mecânica (após 1x106 de ciclos). Ao fim da ciclagem, os parafusos foram submetidos ao teste de resistência a fratura por meio do ensaio de compressão, no qual foi aplicado uma carga de 5000N sob a velocidade de 0,5mm/min. Os resultados mostraram que em uma análise geral, o torque remanesce foi significantemente menor (p<0,05) após a ciclagem mecânica. Ao se comparar os dois tipos de conexão, não houve diferença em relação o torque remanescente (p>0,05). Para os diferentes tipos de torque, observou-se que quando se aplicou o torque recomendado pelo fabricante o torque remanescente foi significativamente maior (p<0,05) quando comparada ao grupo que recebeu o torque manual. Dos 36 parafusos de retenção dos pilares UCLA submetidos à ciclagem mecânica, 3 fraturaram, equivalendo a 8,33%. Submeteu-se ao teste de resistência a compressão 33 parafusos de retenção ciclados e 12 novos, sendo 6 para a conexão CM e 6 para a HE. Os parafusos novos apresentaram as maiores médias para a força máxima (116,80 Kgf) e também para deformação na força máxima (2,18 mm), havendo diferença estatisticamente significativa (p<0,05) ao se comparar com os parafusos ciclados. Comparando-se os tipos de conexão, os parafusos dos grupos de conexão Hexágono externo apresentaram a maior média de força máxima (FM). Dos 12 parafusos novos, 6 fraturaram durante o teste, sendo 3 de cada tipo de conexão. Já para os parafusos ciclados, houve a mesma quantidade de fratura, sendo 3 para a conexão cone Morse e 3 para a Hexágono externo. A maior média para força de ruptura (FR) ocorreu também nos parafusos novos. Conclui-se então que a ciclagem mecânica e os diferentes valores de torque de inserção, sendo estes abaixo do que se recomenda o fabricante, interferiram negativamente nos valores de torque remanescente dos parafusos de retenção das junções parafusadas nas condições avaliadas e embora os parafusos submetidos a ciclagem tenham apresentado uma menor média de força de ruptura, a diferença encontrada não apresentou poder estatístico que comprovasse sua influência na fratura dos parafusos de retenção testados.