Restaurações diretas com materiais bioativos: observações clínicas, in vitro e revisão sistemática.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Contreras, Sheila Celia Mondragón
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238016
Resumo: O objetivo do ensaio clínico foi avaliar o desempenho clínico de 2 materiais bioativos (Cention N e EQUIA Forte) em comparação a resina composta. O estudo in vitro teve como objetivo avaliar o desenvolvimento de lesões de cárie induzida por desafio cariogênico bacteriano na margem de restaurações em esmalte e dentina com Cention N com e sem adesivo, EQUIA Forte e resina composta. A revisão sistemática teve como objetivo responder a seguinte pergunta: A avaliação clínica de restaurações em dentes permanentes com materiais bioativos evidencia maior sucesso do que restaurações com materiais não bioativos? Para o estudo clínico foram selecionados 120 participantes aleatoriamente divididos em 3 grupos (n=40), TC: Tetric N-Ceram, EF: EQUIA Forte, CN: Cention N. O preenchimento das cavidades foi realizado seguindo as indicações do fabricante. Foi utilizado o dispositivo de fluorescência DIAGNOdentTM Pen para avaliação da recorrência de cárie. No estudo in vitro foram confeccionados 100 espécimes a partir de dentes bovinos. Foram divididos em 5 grupos (n=20) metade em esmalte e metade em dentina: Cention N sem adesivo (CN), Cention N com adesivo (CA), EQUIA Forte (EF); Tetric N-Ceram (TC); e sem restauração (SR). Foram submetidos a envelhecimento térmico; leitura de microdureza Knoop (KHN) inicial, esterilizados e expostos a um desafio cariogênico com Streptococcus mutans por 28 dias. Lesões de cárie artificial foi quantificado por meio de KHN superficial e de subsuperfície, e análise com microscopia de luz polarizada. Os dados foram submetidos a ANOVA 1 fator e teste Tukey no esmalte e teste de Kruskal-Wallis na dentina. Em esmalte os grupos EF, CN, CA apresentaram menor porcentagem de perda da microdureza (%PMS) 57,85%, 63,88% e 66,65% respectivamente. Na dentina, EF, CN e CA apresentaram menores valores de %PMD sendo 31,7%, 34,1% e 40,8% respectivamente. Os valores mais altos de %PMS foram registrados para os grupos TC e SR tanto na dentina como no esmalte. Na revisão sistemática, com base na pergunta de pesquisa e estratégia PICO: P- Dentes permanentes, I- Restaurações (classe I, classe II, classe III, classe V) com materiais bioativos, C- Restauração com materiais não bioativos, O- Retenção; foi traçada a estratégia de busca. Após a obtenção dos estudos eles foram analisados por dois revisores independentes. No total foram 27 ensaios clínicos randomizados, com acompanhamento mínimo de 2 anos, foram os qualificados para realizar a revisão e meta-análise em rede. Os resultados de meta-análise em rede mostraram que em cavidades classe III cimento de ionômero de vidro modificado (CIV modificado), foi significativamente mais propenso a falhas do que a resina composta (RC), em restaurações classe I e II, o compômero foi significativamente mais propenso a falhas do que a RC e em restaurações classe V o cimento de ionômero convencional (CIV convencional) foi significativamente mais propenso a falhas do que o CIV modificado. No estudo in vitro foi evidente o maior potencial de inibição da desmineralização dos materiais bioativos. Na revisão sistemática ficou evidente que a maioria de materiais bioativos apresentam um bom comportamento, em relação as taxas de retenção e desempenho clínico.