É de passagem: itinerantes, itinerâncias e suas relações com serviços socioassistenciais e com a cidade de Paranaíba-MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Freitas, Cledione Jacinto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183516
Resumo: Os deslocamentos de pessoas pelas regiões e cidades brasileiras, nas últimas décadas, pelos mais variados motivos, seja em busca de trabalho, de turismo, visita a familiares, por questões de saúde, relativas à justiça, seja de retorno ou mesmo como uma forma de conhecer os lugares pelos quais se passa ou se deseja ir, configura-se num fenômeno complexo e de múltiplas vertentes de investigação, necessitando de uma abordagem transdisciplinar para seu entendimento. Os movimentos podem ser de trânsito, assentamento e fixação, de saída e retorno, em processo contínuo ou realizado por etapas, intercalando paragens e viagens tal à maneira do itinerante. Nessa via, o objetivo desse trabalho foi entender as relações entre itinerantes, serviços socioassistenciais e a cidade de Paranaíba, no estado de Mato Grosso do Sul. A abordagem metodológica consistiu em pesquisa qualiquantitativa, tendo como técnica a análise documental em cadastros de população em situação de rua, cadastro de passagens concedidas e em documentos com dados a serem enviados para o Ministério de Desenvolvimento Social, na Unidade do Centro de Referência de Assistência Social (CREAS) da referida cidade. As pessoas que recorrem aos serviços para se deslocar de um lugar a outro são consideradas vulneráveis e em situação de risco social e/ou pobreza. A passagem rodoviária é o ponto chave para o deslocamento das pessoas itinerantes, usuárias do CREAS, em grande medida, estando também de passagem pela cidade. É por meio delas que ocorrem as chegadas e partidas e, entre as chegadas e partidas, os espaços urbanos eram utilizados por tempos determinados, comumente por alguns dias. Os trajetos percorridos, foram, geralmente, para as cidades vizinhas e para a proximidades regionais, onde há uma organização econômica agroindustrial e agropastoril, aqueles em que há linhas interurbanas de transporte coletivo e estrutura rodoviária pavimentada. Em suma, podemos considerar que os itinerantes produzem suas itinerâncias e estão produzidos por elas numa relação entre os modos de organização das cidades, dos serviços socioassistenciais, nos embates e negociações com agentes públicos e citadinos, dos arranjos técnicos, tecnológicos e científicos e de seus processos de subjetivação.