O caráter político-pedagógico da luta pela terra: a experiência do acampamento Cipó Cortado – Senador La Rocque (MA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Gilvânia Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215017
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar o caráter político-pedagógico da luta pela terra. Em particular, a ocupação da terra como prática educativa e, sobretudo, a dimensão pedagógica nas ações concretas dos camponeses sem-terra. Neste contexto, destacam-se as aprendizagens dos camponeses em luta de resistência, nos conflitos e nas suas experiências de organização política e ofensiva emancipatória. Os sujeitos desta pesquisa são os camponeses sem-terra do acampamento Cipó Cortado, no município de Senador La Rocque (MA). O estudo está estruturado em três dimensões para que possa contemplar o conhecimento do objeto e a relação com os sujeitos: 1. Luta pela terra; 2. Acampamento Cipó Cortado, expressão de luta emancipatória; 3. Caráter político-pedagógico da luta pela terra. A metodologia adotada foi a observação participante e entrevistas semiestruturadas com sujeitos do acampamento em estudo. O resultado da pesquisa aponta que a luta pela terra significa o momento de rompimento de uma trajetória de subordinação ao latifúndio e de uma vida de subserviência e exploração do trabalho, rompendo com a cerca de arame farpado que separa o camponês da sua terra de recriação da vida. O que lhe possibilita o reaprender a construir a vida no campo e se constituir enquanto sujeito em um processo de aprendizagem na experiência histórica da luta camponesa e do MST, participando coletivamente da libertação da terra, do trabalho e da subjetividade camponesa.