Análise da correlação entre descargas epileptiformes no EEG interictal de pacientes com epilepsia generalizada idiopática e a conectividade funcional cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rezende, Thais Oppenheimer Pitanga de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194096
Resumo: Complexos espícula-onda lenta generalizados (CEOLs) são a marca registrada das epilepsias generalizadas idiopáticas (EGI). A conectividade funcional cerebral está prejudicada nesses pacientes, indicando uma disfunção tálamo-cortical. O impacto dos CEOLs na conectividade funcional no repouso pode ser útil para uma melhor compreensão dos mecanismos por trás das EGI. 20 pacientes com EGI (13 mulheres, idade média 34.7 ± 10, 20-51) foram estudados. Todos os sujeitos foram submetidos à RNM de 3T. Imagens estruturais (T1) e sequências BOLD durante o repouso foram obtidas. A ferramenta Conn foi utilizada para estimar o mapa de correlações para cada indivíduo. A conectividade funcional baseada em sementes de toda a substância cinzenta e do tálamo foram calculadas. EEG interictal foi obtido no mesmo dia. Para cada paciente, o primeiro componente generalizado de cada CEOL foi selecionado e mapas das descargas epileptiformes foram extraídos com o algoritmo CLARA. Imagens funcionais e os mapas de atividade epileptiforme foram coregistrados e suavizados (figura 1). Então foi realizada uma análise de correlação voxel a voxel utilizando o modelo linear generalizado (GLM). Esta análise foi feita entre os mapas de conectividade em repouso da substância cinzenta e do tálamo, e os mapas de atividade epileptiforme no EEG. 158 CEOLs foram obtidos (média 7.9 ± 7.9, 1 - 26). A análise de toda a substância cinzenta mostrou correlações negativas. O principal cluster foi localizado no giro frontal superior (98 mm3, p = 0,032). Análises do tálamo mostraram áreas posteriores com correlações positivas (88 mm3, cúneo, p = 0.018) e áreas anteriores com correlações negativas (60 mm3, giro frontal médio, p = 0.044 Em pacientes com EGI, áreas corticais responsáveis pela geração de CEOLs interictais foram correlacionadas com a conectividade funcional de repouso. O padrão foi heterogêneo, mas a conectividade funcional das áreas cerebrais anteriores foram correlacionadas negativamente com os mapas de atividade no EEG.