Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Natalie Aparecida Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192321
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Resumo: |
As chalconas são um grupo de compostos fenólicos derivados de plantas, com diversas propriedades biológicas. Em função dos seus efeitos farmacológicos, diferentes derivados chalcônicos sintéticos, baseados em seus análogos naturais, têm sido investigados como agentes terapêuticos. Estudos clínicos e pré-clínicos têm demonstrado sua efetividade no tratamento de doenças inflamatórias como câncer e artrite, e em patologias ósseas como osteoporose e tumores ósseos. Considerando suas propriedades biológicas e com objetivo de identificar compostos que possam atuar no tratamento de doenças ósseo inflamatórias, avaliamos a habilidade de um novo composto chalcônico, a Chalcona T4, de suprimir a inflamação e osteoclastogênese em um modelo de doença periodontal. No estudo in vivo, um ensaio de toxicidade em camundongos demonstrou que a administração de diferentes doses da chalcona T4 (5, 50, 100 e 200 mg/kg) por um período de 15 dias, via intragástrica, diariamente, não causou alterações físicas ou comportamentais. Análise histopatológica do rim, fígado e estômago destes animais também indicaram ausência de toxicidade em todas as doses avaliadas. Determinada a ausência de toxicidade, periodontite foi experimentalmente induzida em ratos pela colocação de ligaduras ao redor dos primeiros molares inferiores. Chalcona T4 foi administrada diariamente por gavagem intragástrica em duas doses (5 e 50 mg/kg) durante 15 dias. Ao final do período experimental, as amostras contendo tecido gengival ou hemimandíbula da região de interesse foram removidos e utilizados para análise dos seguintes desfechos: determinação da expressão de TNF-α (ELISA); quantificação dos componentes celulares (infiltrado celular, fibras colágenas e vasos sanguíneos) através da análise estereométrica; avaliação da extensão da perda óssea (coloração com azul de metileno e microtomografia computadorizada (μCT)); expressão e imunolocalização de NFATc1, NF-kB e CD45 (imuno-histoquímica), ativação de p38 MAPK (Western Blot); e análise microbiológica das ligaduras (Pg, Fn, Aa) através de RT-qPCR. No estudo in vitro, células RAW 264.7 foram pré-tratadas com diferentes concentrações da chalcona (1, 2.5, 5 e 10 μM) e estimuladas com RANKL para avaliação da expressão dos genes alvos (Mmp-9, Ctsk, Oscar, Nfatc1 e Trap). Os efeitos da chalcona sobre a diferenciação e atividade dos osteoclastos foram avaliados por microscopia de fluorescência e medição das áreas de reabsorção em placas revestidas com fosfato de cálcio sintético, respectivamente. Seu impacto sobre as vias de sinalização NF-ĸB, p38 MAPK, Erk e AKT foram avaliados por Western Blot. Os resultados in vivo indicam que a menor dose da Chalcona T4 reduziu a reabsorção óssea e o infiltrado inflamatório, bem como favoreceu a angiogênese e produção de matriz colágena nos tecidos gengivais periodontalmente doentes, além de modular a expressão de NF-kB. In vitro, a Chalcona T4 foi capaz de inibir a diferenciação e atividade dos osteoclastos, reduzir de maneira dose-dependente a expressão de marcadores da osteoclastogênese, e modular a ativação de vias de sinalização intracelular (ERK, AKT e NF-ҝB). Estes resultados demonstram a habilidade da Chalcona T4 na modulação da resposta imune inflamatória e osteoclastogênese, e indicam o potencial do composto no tratamento de doenças ósseo inflamatórias. |