Corpos juvenis e escola: uma relação intrínseca na constituição do corpo social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Lucas Silvestre dos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152139
Resumo: Esta pesquisa foi desenvolvida junto ao Programa de Pós Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologias, UNESP, Campus de Presidente Prudente – SP está vinculada a Linha de Pesquisa: Processos Formativos, Infância e Juventude. Teve como objeto central, as relações e expressões dos corpos juvenis dentro dos espaços escolares, frente à cultura de dominação e disciplinação existente nessas instituições. A pesquisa ocorreu em uma escola pública de Ensino Médio no interior do oeste paulista. Nossos objetivos foram identificar e analisar as manifestações corporais e juvenis e a forma que elas ocorrem, tendo em vista, a cultura de adestramento e punitiva para com os corpos jovens na escola. Na busca pela compreensão da realidade, utilizamos a abordagem de natureza qualitativa e do tipo etnográfica. Entendemos que essa metodologia se faz pertinente em pesquisas educacionais e contempla a realidade em questão. Como estratégias de produção de dados, utilizamos a observação participante, questionários semiestruturados e entrevistas. Essas estratégias possibilitaram uma compreensão da realidade em diversos espaços e contextos. Para análise e tratamento desses dados, utilizamos a técnica de triangulação proposta por Minayo, o que nos possibilitou uma contraposição de dados e um desenho da realidade pesquisada. Dessa forma, observamos que existe um choque de culturas dentro do espaço escolar. Esta instituição acaba por reproduzir uma cultura de dominação, disciplinação, padronização e silenciamento dos corpos juvenis, apresenta um discurso de corpo voltado numa perspectiva biologicista e não considera as manifestações culturais desses. Eles por sua vez, são dotados de uma multiplicidade, ainda que não tenham, muitas vezes, plena consciência da composição de seu corpo social. Buscam formas de burlar as regras impostas para viverem sua corporeidade, relação com os pares e se expressarem. Assim, apesar do potencial de trocas e construções culturais que a escola possui ocorre uma situação de incomunicabilidade entre os sujeitos e a negação dos corpos juvenis. Tal situação não permite que o sujeito se sinta protagonista e nem participante ativo do seu processo educacional.