A contribuição da Odontologia para diagnóstico precoce e prevenção da Sífilis.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pacheco Filho, Antonio Carlos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194528
Resumo: Introdução: a sífilis apresenta íntima relação com a Odontologia, pois em três de suas fases ocorrem manifestações bucais e, por essa razão, muitos pacientes procuram primeiro o atendimento odontológico. Objetivo: analisar o conhecimento de cirurgiões-dentistas atuantes na Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde (SUS) e de acadêmicos de Odontologia sobre a sífilis e suas manifestações bucais, além de desenvolver um vídeo instrucional direcionado a esse público para contribuir com o diagnóstico precoce e a prevenção da infecção. Metodologia: a pesquisa foi realizada em duas fases. A primeira tratou-se de um estudo transversal, com universo amostral de 583 cirurgiões-dentistas que atuavam na APS e de 191 acadêmicos do curso de Odontologia. A coleta de dados foi realizada por um questionário estruturado, elaborado pela própria equipe da pesquisa. Para os dentistas, o formulário foi enviado por e-mail, em formato do Google Formulários. O questionário foi respondido pelos acadêmicos em sala de aula. Os dados quantitativos foram analisados com base na estatística descritiva e analítica. Para realizar a associação entre as variáveis foi realizado o teste Quiquadrado, com correção de Yates, com nível de significância 5%. A segunda fase tratou-se do desenvolvimento de tecnologia educativa. A construção do vídeo instrucional foi realizada em quatro etapas: revisão de literatura, seleção do conteúdo, elaboração do roteiro e montagem do vídeo. Resultados: Do total de participantes, 39% dos alunos e 65% dos dentistas responderam corretamente a questão sobre as manifestações clínicas da sífilis. Apenas 24,2% dos graduandos e 55,0% dos profissionais responderam corretamente a questão sobre os estágios da doença. Sobre os diagnósticos diferenciais com outras lesões bucais, 5,9% dos estudantes e 21,67% dos trabalhadores responderam a questão corretamente. Houve associação estatisticamente significante entre o nível educacional em que o aluno se encontrava e o 13 conhecimento sobre agente etiológico (p<0,000), manifestações clínicas (p<0,000), estágios da doença (p<0,000), manifestações bucais (p<0,000) e medicamentos (p=0,005). Para os dentistas, o conhecimento específico esteve relacionado ao tempo de formação (p=0,031), tempo de atuação na APS (p=0,037) e ao estudo sobre a infecção na graduação (p=0,041). A montagem do vídeo levou em consideração os três princípios propostos por Brame: como gerenciar a carga cognitiva do vídeo; como maximizar o envolvimento do aluno; e como promover a aprendizagem ativa. Obteve-se um vídeo de aproximadamente seis minutos de duração, com as seguintes categorias, abordadas nesta ordem de apresentação: definição da doença, epidemiologia, formas de transmissão, estágios da infecção, manifestações bucais, diagnóstico, tratamento e papel da equipe odontológica. Conclusão: Os conhecimentos dos cirurgiões-dentistas que atuam na APS e dos alunos de Odontologia sobre sífilis e suas manifestações bucais foram considerados insatisfatórios. Ressalta-se a importância de expandir/incluir o ensino da sífilis nas faculdades de Odontologia e da formação continuada/permanente para os trabalhadores da área. O vídeo instrucional pode ser uma valiosa ferramenta para contribuir com a educação dos atores envolvidos. Palavras-chave: Sífilis; Manifestações bucais; Odontologia; Ensino.