A logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas sob a perspectiva de economia circular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Turchiari, Ludmila Neves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202717
Resumo: Essa dissertação tem por objetivo analisar a logística reversa praticada pela cadeia de suprimentos de embalagens de defensivos agrícolas sob a perspectiva de Economia Circular e quais os desafios frente ao modelo praticado. Para realizar e apresentar os resultados da pesquisa a análise de conteúdo se fez necessária. Foram utilizados como instrumentos de pesquisa entrevistas semiestruturadas e análise documental. Foram entrevistados três representantes dos quais representaram cinco dos setores envolvidos na cadeia de suprimento da logística reversa das embalagens de defensivos: produtor rural, indústria, recicladora, central de recebimento e a gestora do programa de logística reversa. E a análise documental foi feita através do Relatório de Sustentabilidade do Inpev de 2019. Os resultados foram apresentados conforme as categorias do trabalho sendo essas: papel e responsabilidades dos atores da cadeia, infraestrutura, reciclagem, benefícios, dificuldades; transição modelo circular e desafios. Os atores têm entendimento e consciência do modelo por conta de uma gestão integrada e ativa dentro do processo logístico. Quanto a infraestrutura, a percepção é de que estaria adequada, compreendendo um modelo de estrutura compartilhada e colaborativa. A Reciclagem, por sua vez, é o meio principal que permite fechar o ciclo ou mesmo tornar um Ciclo Aberto Transversal, mas, limita o processo a uma análise de Ciclo Técnico. Como benefícios considerou-se o aumento da destinação correta, melhoria de rastreabilidade, geração de empregos, recursos para reinvestimento no processo. Já as dificuldades ficaram como: qualidade de informação e rastreio pela indústria, gestão desses estoques de embalagens vazias na propriedade do produtor rural, capilaridade de atendimento dos atores e ações proativas do poder público. Por fim, a última categoria identificou ações de transições circulares como Loop Aberto Transversal; destinação dos resíduos às recicladoras e fechamento de Ciclo. E os desafios identificados foram: embalagens não laváveis ainda destinadas à incineração; rastreabilidade com qualidade de informação; conscientização dos produtores rurais; e centralização e distanciamento de recicladoras em relação aos postos e centrais. A união da teoria e prática forneceu resultados ricos e empíricos. Alguns resultados puderam ser confirmados, mas também houveram evidências e novas possibilidades de análise. Quanto às limitações do trabalho, além de ser um estudo abrangente que demanda um olhar mais complexo de todo o tema e envolvimento de cada setor, implica em uma análise específica de cada ator da cadeia para melhor entendimento. Diferente desse estudo que focou numa análise de todo a Cadeia de Suprimentos sob um enfoque de Economia Circular. Outra limitação encontrada foi acesso aos representantes do poder público. O presente estudo traz contribuições de grande valia para as organizações dos quais se envolvem com logística reversa ou preveem a transição para um modelo Circular futuramente. No segmento de agronegócio é de suma importância, pois são temas em crescimento, tanto aumento de produtividade e o uso de defensivos como meios e sustentabilidade ambiental. Sendo a Economia Circular um método de se alcançar um modelo para avaliar tais possibilidades.