Filogeografia das espécies de tainha, Mugil liza e M. platanus (Teleostei: Mugiliformes)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Siccha Ramirez, Zoila Raquel [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99424
Resumo: A família Mugilidae inclui dezessete gêneros e mais de 60 espécies e apresenta distribuição mundial, exceto nas regiões polares. O status taxonômico de algumas espécies e gêneros dentro desta família ainda é confuso, devido a sua alta homogeneidade morfológica. Sete espécies são encontradas no Brasil, sendo M. liza e M. platanus encontradas em maior abundancia. M. liza está distribuída desde a Flórida até o Rio de Janeiro e M. platanus desde o Rio de Janeiro até a Argentina. Com o desenvolvimento desse trabalho, pretendeu-se testar a hipótese de que M. liza e M. platanus constituem uma única espécie e verificar se estas espécies são distintas de M. cephalus. Para tanto, empregamos as seqüências de seis genes mitocondriais: COI de 654 pb, 16S rRNA de 609pb, 12S rRNA de 423pb, ATPase 6 de 579pb, ATPase 8 de 117pb e Cytb de 975pb. Foram analisados 85 indivíduos de M. liza, M. curema, M. cephalus, M. trichodon, M. incilis , M. rubrioculus, M. hospes e M. sp. procedentes do Brasil, da Argentina, do Uruguai, da Venezuela e da Grécia (M. cephalus). Os resultados mostraram uma separação de todas as espécies, com um consistente índice de bootstrap (100%), os exemplares de M. liza e M. platanus formaram um só clado, com uma divergência genética de 0%, sugerindo que este clado constitui uma única espécie sem uma estruturação populacional evidente, indicando um alto grau de fluxo gênico mesmo com uma ampla distribuição no oceano Atlântico. Mugil cephalus e M. liza apresentaram uma distancia genética interespecífica de 19,5%, sugerindo que são espécies diferentes, mesmo apresentando muitas semelhanças morfológicas. Nossos dados evidenciaram a presença de três linhagens diferentes dentro de M. curema formando assim um complexo de espécies que precisa ser resolvido. Concluímos que M. liza é uma única espécie semelhante morfologicamente a M. cephalus mas diferente geneticamente