Práticas corporais inclusivas na educação física para todos: vivenciando a inclusão invertida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Vilela, Ana Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255342
http://lattes.cnpq.br/2273632404558405
https://orcid.org/0000-0002-8297-2211
Resumo: Com a recente implementação da Base Nacional Comum Curricular e do Currículo Paulista, inquietações surgiram sobre a concepção de Escola Integral e da Educação Física Escolar trazida na perspectiva da Educação Inclusiva. Reconhecer a função social do componente curricular Educação Física Escolar em seus momentos na história foi ferramenta necessária para entender onde estamos e como podemos contribuir para o desenvolvimento de Políticas Públicas que atendam a todos e a cada um. Os diferentes tempos históricos produziram culturas que estão arraigadas na sociedade. Desse modo, compreendemos que a Educação Física Escolar pode contribuir nessa transformação social e cultural. Este componente curricular obrigatório na Educação Básica e que integra a proposta político-pedagógica da escola, tem o grande desafio de organizar e sistematizar o processo pedagógico de diferentes práticas corporais com os propósitos da escola, ou seja, a escola justa, democrática e republicana. Desse modo, o objetivo deste estudo foi analisar as legislações que orientam as Políticas Públicas voltadas para a Educação e Educação Física Inclusiva (para todos) e elaborar um produto educacional no formato de uma sequência didática em parceria com estudantes do 8º ano - Séries finais do Ensino Fundamental - a partir da inclusão invertida como estratégia. Buscamos as Políticas Públicas voltadas para a Educação Inclusiva (Para Todos), no sentido de entender quais são os caminhos a percorrer para garantir os direitos de aprendizagem de todos os estudantes, com ou sem deficiência. Apresentamos ainda, reflexões trazidas colaborativamente do percurso das aprendizagens. Especificamente, foi produzida uma Unidade Didática sobre o esporte de rede Voleibol e o Voleibol Paralímpico, com o propósito de realizar a inclusão invertida e a equidade. A organização utilizada para desenvolver a pesquisa foi a qualitativa e como método a pesquisa participante, de forma que o pesquisador é, ao mesmo tempo, sujeito e o objeto da pesquisa. A técnica para a coleta de dados foi a observação participante. A partir da análise de categorias de codificação simples, os dados coletados foram transcritos, revistos e sistematizados. Dentre os resultados, ressaltamos que a intencionalidade pedagógica inseridas nos planos de aula pode auxiliar e proporcionar ambiente inclusivo. Destacamos ainda, que a ação educativa, ou seja, os conhecimentos sobre o que ensinar, sobre como ensinar e principalmente, sobre quem aprende e para que ensinamos, auxilia no desenvolvimento de práticas corporais inclusivas. Os relatos trazidos pelos estudantes descrevem a relação com as oito dimensões do conhecimento apresentadas no Currículo Paulista, protagonismo dos estudantes, construção de valores, ou seja, conceitos atitudinais que podem promover mudanças nas diferentes concepções históricas de Segregação, Integração e Inclusão. Por outro lado, ao analisar as diretrizes que norteiam a Educação Física, identificamos limitações quanto às informações sobre as deficiências no sentido de caracterizá-las, o que pode fragilizar o oferecimento de orientações e adaptações curriculares aos professores que possam garantir a equidade e o avanço de todos os estudantes na passagem da integração para a inclusão.