Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Cristiane Aily |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/213797
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Resumo: |
A amostragem passiva é entendida como o procedimento para coleta de amostra de água em determinado intervalo do aquífero sem realização de purga no poço. A técnica Diffusion Gradients in Thin films – DGT – utiliza-se de um amostrador passivo simples que permite avaliar in situ a concentração de metais e outros elementos nos sistemas aquáticos, bem como a especiação desses elementos em diferentes tipos de amostras. A DGT tem sido aplicada com sucesso em águas com intensa agitação, tais como rios, córregos, alguns lagos e mares. No entanto, para sistemas onde há baixa vazão (águas não turbulentas), observa-se a influência de uma camada limite difusiva (Diffusive Boundary Layer - DBL) que se forma no dispositivo e que, devido a sua espessura, afeta as concentrações medidas com o uso da DGT. Por este motivo, a DGT tem sido pouco aplicada em sistemas não turbulentos, como em poços de monitoramento de água subterrânea. O presente trabalho visou determinar a espessura da DBL e verificar a aplicabilidade da DGT em poços de monitoramento de água subterrânea. Para isso foram realizados testes laboratoriais e aplicada a DGT em um poço instalado para monitoramento em um Posto Revendedor de Combustíveis. Dentre as vantagens de se utilizar a DGT para medidas das concentrações de metais em água tem-se que esta tem uma excelente sensibilidade devido à pré-concentração, possibilitando que baixíssimos limites de detecção sejam alcançados. É ideal para monitoramento ambiental, uma vez que é possível se obter a concentração média em relação ao tempo, não gera volume de água de purga, e não altera a dinâmica de fluxo subterrâneo natural, além de simplificar as operações durante a amostragem. Os resultados dos experimentos realizados em laboratório simulando um poço de monitoramento com baixo fluxo mostraram que a DBL está presente no sistema e que deve ser considerada na correção das concentrações obtidas pela técnica DGT. Uma DBL única, calculada a partir do coeficiente angular da reta para cada elemento, é proposta para ser utilizada nos cálculos das concentrações. As amostras pontuais coletadas in situ com bailer antes e após a retirada dos dispositivos mostraram grande variação nas concentrações. As concentrações calculadas para os dispositivos com uma DBL média foram maiores do que as das amostras pontuais ou foram consideravelmente menores. Dentre as interferências ocorridas in situ pode-se considerar a baixa força iônica na água local, a presença de coloides impedindo a difusão através do filtro, a complexa especiação dos elementos e, provavelmente, a questão relacionada à adequação do coeficiente de difusão clássico em ambiente de água subterrânea. A proposta de calcular uma única DBL a partir dos coeficientes angulares mostrou-se aplicável. A DGT aplicada in situ, até o momento pode ser considerada como uma boa técnica de screening para a água subterrânea. |