Produção e caracterização de ramnolipídios obtidos a partir de óleos nativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rocha, Mateus Aparecido Gonçalves da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250354
Resumo: Os biossurfactantes são metabólicos sintetizados por diversos tipos de micro-organismos, a partir de condições aeróbicas em meios contendo carboidratos, hidrocarbonetos, lipídios e outros. São moléculas anfipáticas, apresentando uma calda hidrofóbica e uma cabeça hidrofílica, proporcionando as mesmas aplicações que o surfactante químico, ainda acrescido de outras vantagens, como biodegradabilidade, baixa toxicidade, estabilidade térmica, e produção a partir de fontes renováveis. Dentre os biossurfactantes, um dos mais estudados são os ramnolipídios, um tipo de biotensoativo que apresenta uma ou duas ramnoses na porção hidrofílica da molécula, sintetizado pela bactéria gram-negativa Pseudomonas aeruginosa. As vantagens dos biossurfactantes para o micro-organismo produtor ainda não são bem conhecidas. Existem diversas hipóteses sobre sua atuação como por exemplo no caso da Pseudomonas aeruginosa, acredita-se que a produção de ramnolipídios esteja relacionada com a busca por ambientes ricos em nitrogênio. Isso parece estar relacionado ao aumento na produção do biossurfactante e de estruturas de locomoção quando o micro-organismo é submetido a ambientes com falta desse nutriente. Apesar das vantagens dos biossurfactantes frente ao surfactante químico, seu uso não é amplo devido aos custos de produção e baixos rendimentos dos processos fermentativos. Estima-se que em um bioprocesso a fonte de carbono corresponda a até 30% do custo final do produto. Dessa maneira, o uso de fontes nacionais é uma alternativa para o barateamento do custo e também para a valorização de plantas nativas. Além de constituir-se de fontes alternativas, existe pouco estudo que relacione o uso de óleos nativos com a produção de ramnolipídios, o que permite o melhor aprofundamento sobre a interação dos óleos derivados dessas plantas com o micro-organismo, e sobre quais tipos de congeneres são produzidos através desse contato. Nesse projeto, está sendo avaliado a produção de ramnolipídios por Pseudomonas aeruginosa 2A1 LBI cultivadas em diversas fontes de carbonos oleosas derivadas de plantas nativas, como buriti, chia, andiroba e açaí. Ademais, também está sendo avaliado o consumo de ácidos graxos desses óleos durante a fermentação e os homólogos produzidos nesse processo.