Efeitos do jato de plasma frio sob pressão atmosférica sobre Candida albicans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rovetta, Sabrina de Moura [Unesp]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/190658
Resumo: As infecções causadas por Candida albicans são consideradas um desafio importante na área médica. Além dos antifúngicos convencionais apresentarem elevada toxicidade, casos de resistência de C. albicans a estes medicamentos têm sido descritos com frequência. Devido a estas limitações do uso de antifúngicos, a busca por terapias alternativas é alvo crescente de estudos. Dentre as novas terapias, o jato de plasma frio destaca-se a como agente eficaz frente a cepas de C. albicans, sendo considerada uma alternativa promissora. Seu efeito antifúngico é associado à presença de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio liberadas, assim como de íons e fótons. Todavia até o presente momento, o exato mecanismo de ação não foi elucidado. Portanto, o objetivo deste estudo é prospectar os efeitos do jato de plasma frio sobre C. albicans. Perseguindo este objetivo, foram utilizadas duas técnicas complementares às técnicas microbiológicas clássicas, a espectroscopia no Infra-vermelho (FT-IR) e a microscopia de força atômica (AFM). Suspensões padronizadas da cepa C. albicans SC 5314 e 1 cepa clínica foram expostas ao jato de plasma. A seguir, foram analisadas por espectroscopia no infra-vermelho (FT-IR) e microscopia de força atômica (AFM) para identificar os efeitos do plasma sobre a parede celular de C. albicans. Controle negativo (sem exposição) e positivo (caspofungina) também foram analisados. Os ensaios foram realizados em triplicata em três experimentos independentes e a análise estatística foi realizada ao nível de significância de 5 %. As alterações morfológicas e topográficas nas células tratadas com plasma foram similares às do grupo tratado com caspofungina. O perfil bioquímico das células após tratamento com o plasma foi também similar ao das células tratadas com caspofungina. Conclui-se que o plasma agiu diretamente sobre as estruturas da parede celular fúngica, mais especificamente sobre os polissacarídeos, com provável influencia na redução de glucanos e aumento de mananas e quitinas. Esse remodelamento da parede celular pode ter correlação com as alterações morfológicas observadas, tais como mudança no tamanho da célula e aumento da rugosidade superficial.