Análise da função renal pós-operatória em cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea em pacientes submetidos à anestesia inalatória com sevoflurano utilizando baixo fluxo de gases frescos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lineburger, Eric Benedet
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191504
Resumo: Introdução: Reduzir o fluxo de gases frescos (FGF) para menos de 1 L.min-1 durante a anestesia resulta no aquecimento e umidificação dos gases inalados, redução de custos e menor exposição ocupacional. O Composto A é formado pelo sevoflurano quando reage com absorvedores de dióxido de carbono contendo bases fortes em FGF mínimo, sendo nefrotóxico em animais. Até o momento, nenhum dado conclusivo mostrou aumento do risco em seres humanos para anestesia com sevoflurano em FGF mínimo. Objetivos: avaliar a função renal pós-operatória de pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea (CEC), quando anestesiados com sevoflurano FGF de 0,5 mL.min-1, em comparação ao FGF de 2 L.min-1. Método: duzentos e quatro pacientes adultos de ambos os sexos agendados para cirurgia cardíaca com CEC anestesiados com sevoflurano foram randomizados em dois grupos diferenciados pelo FGF: FGF mínimo (0,5 L.min-1) ou FGF alto (2,0 L.min-1). A medida da creatinina basal pré-operatória foi comparada diariamente aos valores obtidos nos primeiros cinco dias de pós-operatório, e o débito urinário de 24 horas foi monitorado, de acordo com os guidelines KDIGO para definir lesão renal aguda (LRA). As medidas da creatinina sérica também foram obtidas 20 e 120 dias após a alta hospitalar. Resultados: A análise por protocolo envolveu 88 e 92 pacientes no grupo FGF mínimo e FGF alto, respectivamente. A LRA pós-operatória ocorreu em 55 pacientes, 26 pacientes (29,5%) no grupo FGF mínimo e 29 pacientes (31,5%) no grupo FGF alto (P = 0,774). Pacientes com LRA tiveram uma prevalência maior de diabetes mellitus (P = 0,017) e maiores valores de creatinina basal pré-operatória (P = 0,049). Vinte dias após a alta hospitalar, 11 pacientes (6,1%) ainda permaneciam com LRA e 120 dias após a alta hospitalar, apenas 2 pacientes (1,6%). Conclusão: Concluímos que a anestesia com sevoflurano em FGF mínimo (0,5 L.min-1) durante cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea não está associada com LRA pós-operatória, sendo esta técnica não-inferior ao FGF alto com sevoflurano.