Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Vitoriano, Ana Cláudia de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/253138
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Resumo: |
O que é o fenômeno da lesbianidade? Como é a história de vida de mulheres lésbicas? Frente a estas indagações, nosso objetivo neste estudo foi compreender a história de vida de dez mulheres lésbicas que aceitaram dialogar conosco. Trata-se de um estudo que utiliza a metodologia de pesquisa qualitativa fenomenológica, e o diálogo se deu por meio da entrevista fenomenológica, a qual apresentamos somente uma questão norteadora: “Conte-me a respeito de sua história de vida desde sua infância, passando por sua adolescência e adultez, pelo momento que você percebeu o seu desejo afetivo-sexual dirigido a outras mulheres, seus relacionamentos, até o momento atual”. Para as análises compreensivas dos discursos, elegemos a perspectiva do teórico contemporâneo Mauro Martins Amatuzzi. No desenrolar da análise dos relatos de nossas colaboradoras, vimos surgir as seguintes categorias: (1). Nos horizontes da infância; (2). Nos horizontes da adolescência e adultez; (3). O sair do armário: a experiência de se assumir lésbica (Subcategoria 1 – A compreensão de si mesma enquanto mulher lésbica; Subcategoria 2 – Família, religiosidade e sociedade: matizes que envolvem o sair do armário). As análises realizadas permitiram-nos compreender que a história de vida de mulheres lésbicas perpassa por uma série de construções sociais que enlaçam a heterossexualidade como modelo normativo, contribuindo para que o processo de aceitação de sua própria sexualidade seja regado de dúvidas e medos, principalmente por influência das instituições sócio familiares e religiosas. As dez colaboradoras da pesquisa relataram algum tipo de medo e preconceito, quer seja ele advindo do meio intrafamiliar, laboral, social ou religioso. Quanto à literatura, além de confirmarmos que a terminologia lesbianismo – com o sufixo ismo que se refere a doenças – ainda é muito utilizada, compreendemos que as pesquisas referentes exclusivamente ao tema da lesbianidade estão aquém, em termos quantitativos, às pesquisas que se debruçam sobre a temática da homossexualidade masculina. Apontam-se horizontes de compreensão do fenômeno indagado, entendendo que é válido fomentar pesquisas nesta temática no intuito de viabilizar uma sociedade mais justa e que acolha o diverso em suas diferentes manifestações. |