Da coenzima Q10 sobre a viabilidade espermática de garanhões resistentes ou sensíveis à congelação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carneiro, João Alexandre Matos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151226
Resumo: Entre as vantagens da criopreservação seminal, destacam-se a otimização do uso de garanhões com comprovada superioridade genética, pela possibilidade do armazenamento de sêmen mesmo fora da estação de monta e a quebra das barreiras geográficas, que torna possível a remessa deste material para qualquer parte do mundo. Contudo, o processo de congelação de sêmen causa danos à célula espermática, sendo a peroxidação lipídica e o estresse oxidativo, ocasionada pela produção anormal de espécies reativas de oxigênio (EROs), as principais injúrias. Desta maneira, para se obter uma melhor qualidade seminal após a descongelação, é necessário adicionar aos diluentes seminais elementos que desempenhem função antioxidante, visando conter o aumento dos níveis dos agentes oxidantes. Coenzima Q10 (CoQ10) é um agente lipossolúvel promotor de energia, tendo como principal função transportar prótons e elétrons no processo de síntese de ATP na membrana mitocondrial interna, através da cadeia de transporte de elétrons. Ainda, a CoQ10 atua como um potente antioxidante em diversos sistemas biológicos, tais como, lipoproteínas e membranas, protegendo-os contra a oxidação, inibindo a formação de hidroperóxidos e, consequentemente, prevenindo a peroxidação lipídica. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a ação da coenzima Q10 (CoQ10) no espermatozoide de garanhões resistentes (RC) e sensíveis (SC) a congelação. Cada ejaculado (n=24) foi dividido em nove tratamentos e submetido à congelação, sendo a CoQ10 adicionada ao diluente de centrifugação, nas concentrações de 25 μmol/L (CE25), 50 μmol/L (CE50), 75 μmol/L (CE75) e 100 μmol/L (CE100), ou ao de congelação nas mesmas concentrações, 25 μmol/L (FE25), 50 μmol/L (FE50), 75 μmol/L (FE75) e 100 μmol/L (FE100). No grupo controle não houve adição da CoQ10 em nenhum dos meios diluentes. O processo de descongelação foi realizado à 37ºC/30 segundos (T0) e, para avaliação após estresse térmico, 37ºC/30minutos (T30). Posteriormente, as células espermáticas foram avaliadas quanto a cinética, integridade da membrana plasmática (IMP), desestabilização da membrana (NCAP), produção de espécies reativas ao oxigênio (H2O2 e O2 -), atividade mitocondrial e peroxidação lipídica. De acordo com os resultados, não houve diferença significativa entre os grupos, tanto no momento T0 quanto no momento T30, para os garanhões classificados como RC (p>0,05), com exceção da peroxidação lipídica, que em ambos os momentos, os grupos tratados apresentaram valores menores quando comparados ao controle (p<0,05). Já para os animais classificados como SC, houve uma superioridade das células espermáticas tratadas com a CoQ10 (p<0,05), com exceção da concentração de O2 - e potencial mitocondrial no T0, em que não apresentaram diferença entre os grupos (p>0,05). As células espermáticas do grupo CE75 se mostraram superiores aos parâmetros avaliados em relação aos demais grupos. Podemos concluir que a CoQ10 promove uma diminuição do estresse oxidativo e maior viabilidade ao espermatozoide de garanhões sensíveis ao processo de congelação espermática.