Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, Rodolfo Esmarady Rocha dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/157063
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Resumo: |
O Programa de Eficiência Energética (PEE) das distribuidoras de energia elétrica é, atualmente, o principal mecanismo de destinação de recursos para a promoção do uso racional de energia no Brasil. Ao longo do período de 2000 a 2017, este instrumento proporcionou importantes alterações, como a implementação da Lei nº 12.212/2010, que determinou a aplicação da maior parcela dos recursos aos projetos de iluminação, troca de refrigeradores, reforma das instalações elétricas e aquecedores destinados a população de baixa renda. Neste contexto, para este estudo, foi desenvolvido um Software de Análise PEE responsável pela seleção das informações dos relatórios propostos e realizados do PEE, disponibilizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), possibilitando o acesso às informações relevantes contidas nos projetos. Em posse desses dados, foi possível determinar a economia de energia total de 3.190,12 GWh e redução de demanda na ponta de 1.168,05 MW para o período de análise abordado de 2009 a 2015, para os usos finais em iluminação e refrigeração. Na sequência do estudo, foi realizada uma avaliação sobre o impacto ambiental relacionado à redução de emissão de CO2, com a aplicação da metodologia proposta para o PEE da ANEEL, e pode-se verificar que foi evitada a emissão total de 1.244.457,02 tCO2 para o uso final em iluminação e 169.570,05 tCO2 para refrigeração (refrigerador), totalizando 1.414.027,07 tCO2 ao longo do período de 2009 a 2015. O foco principal desse estudo foi o desenvolvimento das novas Relações Custo-benefício (RCB) onde obteve-se para o uso final em iluminação uma RCB entre (0,10 a 0,18) para os cálculos tradicionais e RCB entre 0,08 a 0,17 adotando as Reduções Certificadas de Emissões (RCE) calculadas com a redução do CO2, demostrando que ambos resultados ficaram inferior ao máximo estabelecido pela ANEEL, proporcionando assim uma contribuição significativa para os demais projetos do PEE. Para o uso final em refrigeração os resultados apresentaram uma RCB tradicional entre 0,97 a 1,62 e, incrementando as RCEs, o resultado apresentou as RCBs entre 0,97 a 1,60. No caso do uso final em refrigeração ambos resultados superam o máximo estabelecido pela ANEEL, demostrando que a utilização deste uso final, isoladamente, não é viável para os projetos do PEE. E, por fim, foi possível desenvolver uma Usina Virtual Equivalente (UVE), adotando os custos reais médios das construções das Usinas Hidrelétricas (UHE) e de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), e obtendo-se uma UVE de 77,27 MW de potência total, para os projetos analisados. No entanto, apesar das discussões ao redor desta temática, os projetos do PEE promovem melhorias relacionadas à demanda de energia e economia de energia elétrica para os consumidores dos usos finais abordados. Desse modo, foi de extrema importância acompanhar o desempenho energético destes projetos, nos quais foram identificados fatores que podem potencializar os resultados, de acordo com a região onde serão aplicados. Além disso, a economia de energia poderá contribuir com a Empresa de Planejamento Energético (EPE), que vem desenvolvendo trabalhos para incluir nos Planos Decenais de Expansão de Energia (PDE 2026) tais resultados, provenientes das ações de eficiência energética. |