As religiosas nas malhas do Santo Ofício: a atuação da Inquisição de Lisboa (1620-1681)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Alex Rogério [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151575
Resumo: A instauração do Tribunal do Santo Ofício em Portugal, no ano de 1536, com o intuito de zelar pela pureza da fé católica, dá início a um processo de perseguição àqueles que de alguma forma foram acusados de heresias, na qual os cristãos-novos seriam suas principais vítimas. Apesar das leis que impediam o judaísmo, não são poucos os exemplos da continuidade das práticas da antiga fé, embora de maneira oculta e adaptada ao limite do possível. Neste sentido, observamos o redesenhar do papel das mulheres na religião judaica, na qual, em tempos anteriores, ficavam à margem da religião e, com a atuação do Santo Ofício, levam-nas a subverterem tal quadro, ocupando um papel decisivo na resistência e formação de um judaísmo possível, um criptojudaísmo. Nos conventos, percebemos que tal prática poderia se mostrar recorrente devido ao fato de inúmeras cristãs-novas reclusas serem provenientes de uma mesma família, encontrando assim um ambiente livre para manter as práticas do criptojudaísmo apreendidas no seio familiar. Esta pesquisa tem como objetivo investigar a atuação do Tribunal do Santo Ofício de Lisboa no tocante às religiosas, analisando através de processos os desvios de conduta, aspectos relativos às origens e à espiritualidade das religiosas.