Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Paula, Carolina Lechinski de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136179
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Resumo: |
Os patógenos entéricos são um grupo complexo de micro-organismos que causam doenças em animais e humanos. Os gatos domésticos podem ser considerados carreadores de patógenos entéricos com potencial zoonótico devido ao hábito de auto-limpeza, estabelecer amplo território, pelo instinto de caça e eliminar subclinicamente patógenos. O presente estudo investigou a ocorrência de Escherichia coli, Salmonella sp., Clostridium spp. e Rhodococcus equi nas fezes de 200 gatos domésticos sem sinais entéricos, dos quais 100 pertenciam ao ambiente urbano e 100 à áreas rurais. Marcadores de virulência de E. coli, Clostridium spp. e R. equi também foram investigados. Do total de 200 amostras fecais avaliadas foram identificadas 175 (88%) linhagens de E. coli das quais 93 (93%) de gatos de ambiente urbano e 82 (82%) de gatos de área rural. Houve diferença significante (p=0,03) entre os grupos para frequência mais alta de isolamento de E. coli em gatos de ambiente urbano. Dentre os marcadores de virulência de E. coli foram identificados os genes eae (13%), escN (13%), stx1 (1%), stx2 (0,6%), aatA (0,6%) e ipaH (0,6%). Foram isoladas 86 (43%) linhagens de C. perfringens A, das quais em 21 (24%) foi detectado o gene cpb2, que codifica a toxina beta 2 e em uma (1%) linhagem foi identificado o gene cpe, responsável pela codificação da enterotoxina. Também foram identificados cinco (2%) isolados de C. difficile, dos quais um (20%) apresentou os genes tcdA e tcdB, codificadores das toxinas A e B, respectivamente. Foram isoladas ainda sete (4%) linhagens de R. equi, com diferença significante (p=0,01) para o isolamento do patógeno em animais de ambiente rural. Os isolados de R. equi foram classificados como avirulentos pois não foram detectados os genes vapA, vapB ou vapN, associados à virulência. No entanto, dentre a literatura consultada o presente estudo identificou pela primeira vez R. equi nas fezes de gatos, cujas linhagens foram submetidas a caracterização do perfil de virulência associado aos plasmídios. As principais coinfecções nos gatos de ambiente urbano foram observadas entre E. coli e C. perfringens A (26%), E. coli e C. perfringens A cpb2 + (8%) e E. coli eae+ /escN+ e C. perfringens A (5%), enquanto nos animais de ambiente rural foram E. coli e C. perfringens A (21%), E coli e C. perfringens A cpb2 +(8%), E. coli e R. equi (4%) e entre E. coli e C. difficile tcdA-/tcdB-/cdtB- (3%). No entanto, não houve diferença estatística (p>0,05) entre a identificação de coinfecções e os ambientes amostrados. A presença de E. coli e Clostridium spp., contendo marcadores de virulência, e R. equi nas fezes de gatos domésticos, sem sinais entéricos, indica o potencial dessa espécie animal como reservatório de patógenos de veiculação fecal, para humanos, principalmente pelo crescente estreitamento da relação entre humanos e animais de companhia, particularmente gatos. |