Os alunos não sabem escrever: a (des)organização tópica de redações escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Vignoli, Jacqueline Costa Sanches [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86597
Resumo: A presente dissertação filia-se à Lingüística Textual, mais precisamente a uma abordagem sociocognitiva-interacionista, elegendo para objeto de estudo o texto, entendido como lugar de interação. Justificamos nosso recorte teórico pela opção de analisarmos, de maneira comparativa, as condições de produção e os textos delas resultantes, conjugando, portanto, o processo e seu produto. Nosso objetivo, então, é encontrar pistas nas produções escolares que remetam às orientações dadas em sala de aula, isto é, buscamos nos textos marcas que sinalizem as informações fornecidas em aulas de redação. Para tanto, observamos aulas em duas escolas particulares de São José do Rio Preto, ambas de terceiro ano do Ensino Médio, e relatamos os encaminhamentos dados para a produção textual. Essa descrição se baseou nos quatro sistemas cognitivos necessários para a produção textual – lingüístico, interacional, enciclopédico e sobre modelos textuais globais – descritos pela corrente sociocognitivista da Lingüística Textual, aos quais nós acrescentamos um outro saber - o conhecimento sobre organização tópica, pautado pelas propriedades da centração e da organicidade. Os textos coletados foram analisados a partir da categoria de tópico discursivo, com o intuito de observarmos a (des)organização tópica existente nas redação escolares. Quanto aos textos reescritos, além das aulas de orientação, levamos em conta as correções efetuadas pelos professores nos textos originais, a fim de verificar se esses novos direcionamentos contribuíam para a obtenção de textos organizados topicamente. Como resultado, percebemos que, apesar de algumas diferenças quanto ao modo de as aulas serem dadas nas duas salas informantes, a maioria dos textos não se apresentou dotado de organização tópica, fato que pôde ser explicitado pela natureza das orientações dadas em sala de aula.