Tecnologias de baixo custo para tratamento de esgoto rural: reator UASB e fossa séptica econômica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Franceschini, Guilherme
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181336
Resumo: A falta de tratamento de esgoto sanitário ainda é um dos principais problemas socioambientais da população brasileira, principalmente no contexto dos moradores da zona rural, onde há grande déficit de cobertura. A partir dessa realidade, buscou-se na literatura experiências de sistemas de baixo custo que contemplassem a demanda para o tratamento de esgoto unifamiliar. Identificou-se que as experiências existentes, principalmente no Brasil, são pouco relatadas frente à grande demanda por este tratamento. Neste sentido, a presente pesquisa teve o objetivo de avaliar a eficiência de duas tecnologias de baixo custo para o tratamento de esgoto unifamiliar, a Fossa Séptica Econômica (FSE) e o reator anaeróbio de fluxo ascendente (RAFA ou, em inglês, Upflow Anaerobic Sludge Blanquet, UASB), tendo em vista identificar vantagens e desvantagens de suas aplicações. Foram realizadas análises laboratoriais de amostras do afluente e da saída dos sistemas. Primeiramente os dados foram analisados de forma descritiva, por meio de gráficos e medidas resumo. Para avaliar a eficiência foi realizado o teste t – student e obtidos os intervalos de confiança. Tanto a FSE como o reator UASB evidenciaram-se com desempenho satisfatório quando comparados aos tanques sépticos convencionais, que seguem os parâmetros de dimensionamento da norma brasileira, e com reatores UASB operando com vazões maiores. Para a FSE que tratou todas as águas residuárias de uma residência, com exceção da máquina de lavar roupas, as eficiências de remoção para os parâmetros SST, DBO5 e DQO foram de 77,0 ± 23,7%, 58,4 ± 22,1% e 63,0 ± 22,9%, respectivamente. Já a FSE que tratou apenas água negra, teve eficiências de remoção de SST, DBO5 e DQO de 76,2 ± 18,9%, 55,3 ± 19,2% e 60,0 ± 15,6, respectivamente. O reator UASB, que também tratou apenas água negra, apresentou eficiências de remoção de SST, DBO5 e DQO de 77,8 ± 17,5%, 57,2 ± 19,0 e 50,0 ± 21,7%, respectivamente. Espera-se que o presente estudo contribua para a divulgação destas tecnologias que, devido ao seu caráter de baixo custo (e a FSE uma tecnologia social), fazem-se promissoras alternativas a serem incorporadas nas ações de políticas públicas voltadas ao tão deficitário serviço de saneamento básico nas diferentes configurações rurais de nosso país.