A tarefa de casa e o aluno com deficiência física: reflexões a partir da perspectiva do professor do ensino regular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Zafani, Mariana Dutra [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151915
Resumo: A tarefa de casa (TC) pode ser um importante recurso no processo de escolarização do aluno com deficiência, merecendo atenção especial nas discussões relacionadas à Educação Inclusiva. O objetivo geral deste estudo foi o de investigar como a TC é utilizada no processo de escolarização do aluno com deficiência física (DF), sob a perspectiva dos professores. Os objetivos específicos foram: identificar e analisar a concepção dos professores acerca da TC; identificar e analisar como a TC está sendo proposta para os alunos com DF inseridos no ensino regular; identificar e analisar a concepção dos professores sobre a parceria colaborativa entre a família e a escola; identificar e avaliar as atitudes sociais dos professores em relação à inclusão; e identificar e analisar a concepção dos professores sobre a parceria colaborativa entre a área da Saúde e a da Educação. Participaram deste estudo 15 professoras de alunos com DF. Para a coleta de dados, foram utilizados seis instrumentos: uma Ficha de Caracterização do Professor Participante (FCPP), um roteiro de entrevista semiestruturado, o Sistema de Classificação da Habilidade Manual (MACS), o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS), a Viking Speech Scale e a Escala Likert de Atitudes Sociais em Relação à Inclusão (ELASI). Os dados foram analisados quantitativa e qualitativamente. Os resultados revelaram que quatorze professoras enviavam TC. Onze professoras solicitavam TC para o aluno com DF com a mesma frequência que dos demais alunos. Sete professoras explicitaram realizar diferentes adaptações na TC em função das especificidades apresentadas pelo aluno com DF e nove professoras apontaram ter dificuldade para o desempenho de tal atribuição. As professoras revelaram que nem todos os alunos com DF faziam sempre a TC e que nem todas as famílias participavam sempre de sua realização. Todas as professoras foram favoráveis ao estabelecimento da parceria entre a área da Saúde e a da Educação e apenas duas não identificavam contribuições destes profissionais no que concerne à prática da TC. As dificuldades das professoras para fazer as adaptações na TC estavam significantemente relacionadas ao nível de habilidade manual dos alunos e às atitudes sociais delas em relação à inclusão. Os resultados do estudo fornecem um panorama em relação ao emprego da TC no âmbito geral e, especificamente, para os alunos com DF. Auxiliam a identificar os desafios e possibilidades para o delineamento de uma TC mais eficaz para o aluno com DF e para uma relação mais produtiva entre a escola e a família por meio dessa atividade. Sinalizam, também, a necessidade de conhecimentos específicos acerca da DF reforçando a importância de ações intersetorias entre a área da Saúde e a da Educação, bem como de investimento na capacitação do professor para o atendimento às necessidades educacionais dos alunos com DF e da oferta de oportunidades para a construção de atitudes sociais genuinamente favoráveis à inclusão em sua formação.