Qualidade de frutos de goiabeira 'Cortibel RG' em resposta à aplicação de boro em pré-colheita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Artigiani Filho, Vitor Hugo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250641
Resumo: O processo fisiológico da maturação dos frutos de goiabeira é uma prática de difícil manejo nos pomares, devido aos diferentes fluxos de floração. Apesar dos pomares apresentarem período de colheita prolongado, à depender das práticas de poda adotadas, os frutos têm curto período de conservação pós-colheita. Tecnologias pré-colheita têm sido buscadas para garantir a qualidade pós-colheita, somado ao potencial para diminuir o custo de produção e aumentar o rendimento. O boro é um elemento nutricional que tem atuação fisiológica indireta no amadurecimento de frutos. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo realizar uma única aplicação de boro na pré-colheita visando melhorias na maturação e ganhos na pós-colheita dos frutos. Diferentes concentrações de boro monoetanolamina (11% de boro), isto é, 1, 2 e 3ml L-1 (60,28 g, 120,56 g e180,84g ha-1 de B), foram aplicadas em goiabeiras cv. Cortibel RG de polpa vermelha, além do controle (testemunha) que não recebeu B, no estádio fisiológico BBCH 78 (frutos com 80% do crescimento final) com volume de calda de 400 L ha-1. O estudo foi desenvolvido em pomar comercial (Valinhos, São Paulo). O delineamento foi em blocos inteiramente casualizados, com cinco repetições. A colheita dos frutos foi realizada em quatro etapas: aos 5 DAP (DAP = dias após a pulverização do boro), 8 DAP, 15 DAP e 17 DAP. Em todas as colheitas foram realizadas análises relacionadas aos parâmetros produtivos. Aos 5 DAP também foram coletadas folhas para análise de nutrientes e os frutos foram analisados quanto aos parâmetros químicos (ácido ascórbico, sólidos solúveis e acidez titulável). Aos 15 DAP, momento onde foi identificado o pico da colheita, os frutos foram analisados quanto ao teor de macro e micronutrientes, bem como parâmetros físicos (comprimento, diâmetro, firmeza e perda de massa) e químicos (teores de ácido ascórbico, açúcares totais, açúcares redutores e não redutores, acidez titulável, compostos fenólicos totais, sólidos solúveis, carotenoides totais e antocianinas totais). Também foram realizadas análises de produtividade e tempo de conservação pós-colheita. Houve incremento no conteúdo de ácido ascórbico em todos os tratamentos, com destaque para a aplicação de 3 ml L-1 (T4) (19,73%). Nas avaliações realizadas na época de concentração das colheitas (15 DAP), os resultados demonstraram a antecipação dos parâmetros de maturação com o uso do boro a 3ml L-1 ou 180,84g ha-1 de boro, a manutenção da firmeza e menor perda de massa durante o período de pós-colheita, não sendo identificados sintomas de fitotoxidez. Além disso, houve maior perda de massa no controle (9,9%), comparado ao tratamento com a maior concentração de B (4,9%). Esses resultados demonstraram que a aplicação de B pode ser uma ferramenta tecnológica importante no planejamento de novos tratos culturais em pomares de goiabeiras, com menor custo de aplicação e facilidade de execução, além de aumentar a sazonalidade da oferta de frutos e consequentemente, a lucratividade para os produtores de goiaba.