Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Albuquerque, Fernanda Patrícia Silva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/296394
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Resumo: |
Durante os anos 1990 e início dos 2000, a Rússia buscou uma postura conciliatória para superar as divergências da Guerra Fria e harmonizar as relações com o ocidente. Contudo, a liderança ocidental – leia-se EUA e Europa – transferiu a rivalidade outrora dedicada a URSS para a Rússia. Diante da fragilidade russa pós dissolução da URSS, o ocidente expandiu a OTAN e a União Europeia para tradicional esfera de influência russa, tendo as duas instituições, praticamente, dobrado o número de membros com antigos aliados de Moscou. Paralelamente, a região asiática ressurge como polo de poder no cenário internacional com significativo crescimento econômico e consequentemente, também político. Moscou identifica a oportunidade e redireciona sua política externa para o oriente, aproximando-se, sobretudo, da China. A parceria formada com Pequim somada à recuperação econômica russa e diversificação das relações internacionais, possibilitou à Moscou uma atuação internacional mais assertiva na defesa de seus interesses, dentre eles, a manutenção e recuperação de sua influência no espaço pós-soviético. Assim, a Rússia interveio na Geórgia (2008) e na Ucrânia (2014) sob argumentos humanitários de proteção dos russos residentes no exterior. A resposta ocidental – leia-se sanções econômico-financeiras – foram (e são, até o momento) insuficientes para interromper as empreitadas russas. Tanto que em fevereiro de 2022, a Rússia sobe o tom e invade à Ucrânia, ainda sob sanções ocidentais devido a anexação da Crimeia em 2014. Essa pesquisa pretende, a partir de um Estudo do Caso do conflito russo-ucraniano e da aplicação da Análise de Política Externa, responder as seguintes perguntas: Qual o objetivo russo com a Guerra na Ucrânia? E como esse conflito contribui para a consecução dos objetivos da política externa russa? Para isso, estrutura-se em três partes: a primeira, apresenta a política externa russa de 2000 a 2024; a segunda, investiga o relacionamento russo-ucraniano de 1991 a 2021; e, a terceira, apresenta a invasão em larga escala na Ucrânia desde fevereiro de 2022 e analisa o(s) objetivo(s) russo com tal conflito. Parte-se da hipótese de que a política externa russa do século XXI, que inclui a Guerra na Ucrânia, objetiva, sobretudo, frear a influência ocidental no leste europeu bem como recuperar e manter a sua influência no espaço pós-soviético. Conclui-se, porém, que os objetivos russos com a Guerra na Ucrânia são ainda maiores: além de garantir a segurança nacional do país – nesse caso, exigindo um compromisso ucraniano de não adesão à OTAN – busca-se também revisar a liderança ocidental da ordem internacional que negligencia as preocupações securitárias russas e não a reconhece como equal partner. |