Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Crepaldi, Carolina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181329
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Resumo: |
Cromossomos sexuais se apresentam como entidades dinâmicas dentro de um genoma, com evolução, morfologia e conteúdo genético únicos, e tendo evoluído de maneiras independentes dentro dos grupos de vertebrados. No caso dos peixes, apesar da maioria das espécies não apresentarem cromossomos sexuais diferenciados, existe uma enorme diversidade de mecanismos cromossômicos para a determinação do sexo, incluindo fêmeas ou machos heterogaméticos e sistemas simples ou múltiplos. Na maioria dos casos, a diferença entre os homólogos sexuais envolve blocos heterocromáticos, sendo bem estabelecidos em sistemas do tipo ZZ/ZW em que perda ou ganho de heterocromatina são as principais causas de diferenciação entre estes cromossomos. O gênero Megaleporinus, pertencente à família Anostomidae e com cromossomo heteromórfico W, é um modelo interessante para estudo da evolução e seleção desta heterogametia, especialmente pela alta quantidade de sequências repetitivas presente em seus cromossomos sexuais e a possível implicação na diferenciação destes. Assim, no presente trabalho, a análise feita de elementos repetitivos pelo RepeatExplorer na fêmea de Megaleporinus elongatus mostrou que esta possuiu 22.2% dos reads aleatórios de seu genoma constituídos por DNAs repetitivos, sendo 5.6% correspondentes a DNAs satélites. Foram isolados 69 variantes de DNAs satélites da fêmea, com tamanhos entre 20pb e 245pb, que foram caracterizados e validados experimentalmente. Por fim, estes foram mapeados através de hibridação in situ fluorescente nos cromossomos da espécie. Os 16 variantes de DNAs satélites com sinais conspícuo de hibridação estavam entre os mais abundantes do genoma e com exceção de 3, estes satélites clusterizados estavam presentes no cromossomo heteromórfico W. Apesar de poucos, em relação ao total isolado, estarem hibridados no cromossomo sexual, estes se mostram bem representativos e bem distribuídos no braço q do mesmo, denotando sua composição variada e acúmulo de repetições abundantes no seu pouco tempo de evolução. Estes mesmos DNAs satélites hibridados em M. elongatus foram mapeados em Megaleporinus macrocephalus, demonstrando a variável distribuição destes satélites quando comparando os cromossomos W das duas espécies, e em Leporinus friderici, onde a ausência de variantes clusterizados demonstra o acúmulo mais abundante e diferenciado nas espécies que possuem o cromossomo heteromórfico. Os dados obtidos fornecem mais informações sobre as características e a organização dos DNAs satélites do genoma da espécie de estudo, bem como auxilia a elucidar a distribuição e incidência deste tipo de sequências repetitivas no cromossomo sexual heteromórfico do gênero Megaleporinus. |