Concepções de médicos/as e enfermeiros/as sobre questões de gênero na saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Costa Júnior, Florêncio Mariano [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97456
Resumo: O processo histórico e social construiu modelos de masculinidade e feminilidade que culminam em padrões e normas a serem seguidas pelos indivíduos em suas interações sociais. Nas últimas décadas estudos fundamentados nas discussões originadas no movimento feminista têm investigado a forma como as instituições sociais, incluindo aí a medicina e as demais ciências da saúde, estabeleceram ao longo da história padrões de masculinidade e feminilidade, nutrindo o discurso sexista presente no senso comum e nas ciências. Papéis sociais são atribuídos aos gêneros especificando limites rígidos de comportamento e de controle social. A noção da predisposição feminina a distúrbios físicos e emocionais gerou especulações dentro de vertentes acadêmicas culminando na criação de especialidades médicas que prevenissem o adoecimento feminino; o masculino permeado por noções de resistência e força se tornou sinônimo de corpo saudável, ratificando a dominação masculina e o papel político e econômico dos homens. Estudos indicam que as relações de gênero influenciam negativamente sobre os cuidados com a saúde. Como objetivo de estudo esta pesquisa buscou investigar, por meio de entrevistas semi-estruturadas e análise de conteúdo, as concepções sobre gênero e suas relações no cuidado com a saúde nos relatos de 11 profissionais da sáude. Os resultados obtidos indicam que para os entrevistados as características tidas como de gênero são determinadas por fatores biológicos e sociais e irão influenciar na forma como homens e mulheres lidam com a sua saúde e doença. De acordo com os resultados há uma diferença significativa na interação com homens e mulheres sendo que as interações profissionais com o público feminino são entendidas como mais satisfatórias. Para os participantes a formação profissional não...