Impacto da trombose venosa profunda assintomática no desenvolvimento da síndrome pós trombótica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pavan, Ana Carolina Brito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193865
Resumo: A trombose venosa profunda (TVP) configura-se como uma enfermidade caracterizada pela ocorrência de trombos no sistema venoso profundo, levando a obstrução parcial ou total do lúmen do vaso, predominando em membros inferiores. A confirmação diagnóstica é realizada através de exames complementares em pacientes com quadro clinico sugestivo. No entanto, os sinais e sintomas clínicos podem não estar presentes, configurando a TVP assintomática (TVPas), ao qual pode evoluir para embolia pulmonar ou Síndrome Pós-Trombótica (SPT). Atualmente, na literatura disponível, existem poucos estudos que discorrem sobre a história natural do evento trombótico assintomático. Objetivos: Determinar a prevalência de SPT em uma população de pacientes com antecedente confirmado de TVPas, comparar a morbidade do evento SPT em uma população de pacientes com antecedente de TVPas com o evento SPT em uma população de pacientes com antecedente de trombose venosa profunda sintomática (TVPs), comparar repercussão clínica e ultrassonográfica da SPT pós-TVPa com a SPT pósTVPs, comparar dados ultrassonográficos iniciais (primeiro episódio de TVPas) com os dados ultrassonográficos atuais e correlacionar com a gravidade clínica da SPT. Material e Métodos: Uma amostra composta de 579 pacientes internados previamente em ambiente hospitalar e/ou acompanhados ambulatorialmente foram verificados com relação à presença de TVP na extremidade sintomática. A extremidade contralateral, quando assintomática, era investigada sistematicamente com o objetivo de diagnosticar TVPas, o que ocorreu em 108 indivíduos (18,65%) num estudo prévio. Assim, os pacientes com TVPas e TVPs foram convidados a comparecer ao serviço de Cirurgia Vascular (Laboratório Vascular) do Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP para realização de nova avaliação clínica e ultrassonográfica. A avaliação clínica, caracterizou-se pela aplicação do escore de Villalta, para o diagnóstico de SPT e a realização de escala visual analógica (EVA) para determinar intensidade de dor e então, serem submetidos ao doppler vascular. A avaliação ultrassonográfica visou avaliar sinais sugestivos de TVP prévia como espessamento de parede, traves hiperecogênicas, refluxo venoso, fluxo e compressibilidade. Resultados: A partir da análise estatística dos pacientes avaliados foi observado que episódio prévio de tromboembolismo venoso é um importante fator de risco para desenvolvimento de trombose venosa profunda assintomática. Outro achado importante foi a prevalência de TVP em território venoso distal em pacientes assintomáticos, enquanto nos pacientes sintomáticos, o território proximal é mais comumente acometido. No entanto, em relação aos objetivos do nosso estudo, não houve valores significativos para comparação de gravidade de síndrome pós-trombótica nos grupos avaliados nem em relação as alterações ultrassonográficas atuais. Conclusão: Não foi possível avaliar a prevalência de SPT na população de pacientes com TVPas nem comparar sua morbimortalidade em relação ao grupo de pacientes com TVPs ou as alterações ultrassonográficas entre os dois grupos, tais ocorrências se deram provavelmente pelo baixo número de pacientes presentes ao final do estudo. Assim, mais estudos são necessários para que possa se estabelecer uma correlação adequada entre SPT e TVP sintomática e assintomática.