Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Cantarin, Márcio Matiassi [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/103652
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Resumo: |
Eminentes profissionais das mais diversas áreas, desde teólogos até físicos teóricos têm concordado que, para que o ser humano possa adentrar uma nova etapa de seu desenvolvimento psíquico e – mais premente – para que possa frear o cataclismo ecológico anunciado, faz-se necessária a emergência de um novo paradigma civilizacional. O presente trabalho aventa a hipótese de que a obra narrativa de Mia Couto conjuga um projeto políticoideológico que sinaliza um caminho para essa nova era. Ao dar visibilidade a aspectos negligenciados pelo atual paradigma, Couto promove a ideia de que a verdade histórica sobre a qual se erigiu o mundo ocidental nada mais é que uma versão construída pelo discurso da dominação. Para além da verdade oficial, encontra-se a verdade das mulheres e crianças, dos povos colonizados, das minorias étnicas e sexuais, bem como dos demais seres que coabitam com o homem na Terra. Desconstruir pressupostos antropocêntricos, androcêntricos, eurocêntricos e heteronormativos é dar voz e vez à verdade dos seres preteridos pela histórialei-do-mais-forte. Quiçá isto estaria sensibilizando para a causa mais importante da História da humanidade: a agenda que trata da sobrevivência da própria espécie. Diante disso, o trabalho analisa um corpus de 26 narrativas à luz dos pressupostos da ecocrítica, ecosofia, feminismo e pós-colonialismo, objetivando demarcar esse hipotético leitmotiv da obra coutiana e as formas como contribuiria, num quadro mais amplo, para a conscientização e revisão do atual paradigma de morte que domina o mundo ocidentalizado |