Fragilidade ambiental da APA Corumbatai-Botucatu-Tejupá (perímetro Botucatu, SP, Brasil) na bacia hidrográfica do Rio Capivara

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Traficante, Daniela Polizeli [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
SIG
GIS
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/141907
Resumo: A intensificação do uso agrícola e pecuário desrespeitando a aptidão do solo bem como a inadequação do planejamento urbano, e os impactos da poluição difusa em áreas de alta vulnerabilidade natural tem ocasionado relevante mudança na dinâmica funcional de uma bacia hidrográfica, interferindo na qualidade hídrica dos mananciais superficiais e subterrâneos, demonstrando sua fragilidade mediante a exploração desordenada dos recursos naturais. O objetivo deste estudo foi identificar a fragilidade ambiental da APA Corumbataí-Botucatu-Tejupá (Perímetro Botucatu) na Bacia Hidrográfica do Rio Capivara inserida em área de afloramento do Sistema Aquífero Guarani adotou-se a metodologia baseada no uso de geotecnologias utilizando planos de informação como o uso da terra, solos, declividade e geologia, no intuito de atestar a hipótese se a bacia está protegida pela APA. Estes atributos foram combinados utilizando álgebra de mapas através da técnica da combinação linear ponderada em que cada um deles foi considerado um fator condicionante à fragilidade ambiental. A normalização dos fatores se deu através das classes de fragilidade com notas variando de um a cinco, de muito baixa à muito alta, respectivamente, e a determinação dos pesos pelo método do Processo Hierárquico Analítico. Os resultados indicaram que a BHRC apresentou altos índices de fragilidade, em 90,4% de sua área total, tendo o uso da terra ocupado pelas áreas de pastagens degradadas como o maior vetor de pressão para estes elevados índices. Somente 9,6% da área total da bacia foram classificadas com baixos índices de fragilidade onde estão as áreas com cobertura florestal (Floresta Estacional Semidecidual, Cerradão, transição Floresta Estacional Semidecidual/Cerradão, Cerrado, mata ciliares, eucalipto e as áreas de várzea) fragmentadas por toda a extensão da bacia. Estes índices acompanham a Zona de Conservação Hídrica 1, Zona de Conservação do Patrimônio Natural e a Zona Agrosilvopastoril da APA proporcionando alta fragilidade e aumentando a vulnerabilidade ao Sistema Aquífero Guarani em detrimento ao escoamento superficial provocado por processos erosivos. A análise da fragilidade ambiental representou um importante instrumento ao planejamento ambiental, pois identificaram-se vetores que fornecerão subsídios ao fortalecimento das delimitações propostas pelo plano de manejo da APA. De fato, a Bacia Hidrográfica do Rio Capivara, em área de afloramento do Sistema Aquífero Guarani, não está protegida pela APA. Porém, o desafio sugere que lidar com instrumentos ecossistêmicos significa enfrentar inúmeros níveis de complexidade na análise integrada de uma bacia hidrográfica resultando em contribuições ambientais mais efetivas para o incremento da gestão de áreas protegidas e recursos hídricos.