Contribuição ao estabelecimento das tipologias de reservatórios do Estado de São Paulo, conforme Diretiva Quadro da Água (DQA) da Comunidade Europeia: uma abordagem geológica e geomorfológica das bacias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Kumazawa, Vinicius Ricaro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150009
Resumo: A crescente demanda pelo uso dos recursos hídricos nas suas três esferas: agricultura, indústria e consumo humano é consequente do crescimento populacional e fortalecimento dessas atividades para suprir as necessidades humanas, que é exatamente o foco da gestão desse recurso que o Brasil enfrenta, os usos que se faz da água. Nesse sentido, a água como um bem essencial para que haja as mais diversas formas de vida na Terra, porém finito, carece de atenção especial. O aumento desordenado da urbanização juntamente com a carência de saneamento básico colaboram para que os corpos hídricos fiquem poluídos. Essa pesquisa é um subprojeto que está atrelado em um trabalho maior pretendendo implementar a Diretiva Quadro da Água (DQA) no Estado de São Paulo. A DQA é o modelo de gestão dos recursos hídricos da Comunidade Europeia que visa atingir o bom estado/potencial ecológico das águas com o mínimo de degradação. Diante do problema da deterioração da água e essa atual forma de gestão das águas, surge a necessidade de aplicar a DQA nos reservatórios paulistas tendo como a variável para a tipologia, a Geologia dominante da área de estudo, sendo esse, portanto, o objetivo do trabalho: descrição e caracterização geológica. Para tanto, foi necessário delimitar as bacias hidrográficas que abrangem esses reservatórios e extrair destas bacias as classes geológicas e geomorfológicas constantes da literatura. Foram analisadas 25 bacias de captação espalhadas sistematicamente por todo o Estado de São Paulo, dentre elas estão as da Unidade Hidrográfica de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI) 2, 4, 5, 6 e 13. Os materiais utilizados foram o uso de mapa geomorfológico (Ross & Moroz, 1997) e geológico (CPRM, 2006), imagens GLS-Landsat 5 juntamente com as da Missão Topográfica por Radar do Ônibus Espacial (SRTM) e os softwares Idrisi Selva e ArcGis 10.3. Com as imagens de satélite trabalhado no ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG) obteve-se as bacias hidrográficas e a partir desse produto foi feito a identificação e caracterização geomorfológica e geológica. Os resultados indicam 8 classes do Planalto Atlântico do “Cinturão Orogênico do Atlântico”, 2 classes do Planalto Ocidental Paulista e 1 classe da Depressão Periférica Paulista ambos da “Bacia Sedimentar do Paraná” e 3 classes da “Bacia Sedimentar Cenozoica/Depressão Tectônica”. Para a geologia foram identificadas 44 unidades litoestratigráficas sendo 14 unidades em comum entre 23 reservatórios e dessas unidades estabeleceu-se 14 tipologias. Apenas os reservatórios de Salto Grande e das Graças possuem todas as unidades geológicas exclusivas dentre as estudadas. Verificou-se que a unidade geológica mais antiga da Era Neo-Arqueano está presente no reservatório Santa Branca e o mais recente do Período Holoceno está nos reservatórios Lobo, Guarapiranga, Billings, Ponte Nova e Taiaçupeba.