Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Letícia Patrocinio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/239415
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Resumo: |
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) compreende duas principais doenças, a doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU), essas doenças caracterizadas pela complexa interação entre fatores genéticos, imunológicos, microbianos e ambientais. A microbiota intestinal refere-se a variedade de microrganismos vivos que colonizam o intestino, e devido a inflamação característica da doença observa-se alterações na microbiota intestinal. Uma das principais funções da microbiota intestinal é a produção de ácidos graxos de cadeira curta (AGCCs), e devido as estas alterações acredita-se que por consequência haja alterações no perfil de AGCCs nos indivíduos portadores de DII. O presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar o perfil dos AGCCs em pacientes com DII e indivíduos saudáveis, entre DC e RCU e atividade e remissão das doenças. Foram analisados parâmetros sociodemográficos, clínicos e endoscópicos de indivíduos com DII e comparados com indivíduos saudáveis, entre DC e RCU, entre atividade e remissão da doença clínica e endoscópica. As dosagens de ácidos butírico, propriônico, acético e calprotectina foram obtidas através de amostras fecais. Os indivíduos com DII apresentaram valores significativamente maiores de AGCC que os saudáveis. Tais achados podem ser explicados pelas alterações da microbiota destes pacientes, diferença no perfil de produção e absorção dos AGCCs, pelo grau de atividade da doença e influência da dieta. Os achados deste estudo reforçam a diferença entre a microbiota dos pacientes com DII e indivíduos saudáveis, mas ainda se faz necessário o aprofundamento destas análises para elucidar as principais etapas que diferenciam a produção e absorção destes compostos. Estudos sobre alterações nas comunidades bacterianas em pacientes com DII são cada vez mais presentes, entretanto, ainda são poucos os estudos que avaliaram o perfil de produção, absorção e excreção de AGCCs nos portadores de DII, sendo necessário aumentar o conhecimento sobre a relação entre microbiota e a produção dos AGCCs nestes pacientes possibilitando compreender suas diferenças e nortear o desenvolvimento de novos alvos de tratamento no futuro. |