Toxicidade aguda e crônica do pesticida chlorantraniliprole sobre o organismo-teste Ceriodaphnia dubia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nogueira, Lêda Ribeiro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CEO
VC
CV
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144509
Resumo: Os estudos dos efeitos de agentes tóxicos nos organismos aquáticos são necessários para o estabelecimento de concentrações seguras de exposição, destacando-se o uso para a proteção da vida aquática. Nesse contexto, o pesticida emergente chlorantraniliprole tem sido utilizado desde 2007 em algumas culturas como cana-de-açúcar, arroz, milho, maçã, uva, dentre outras. Poucas informações ecotoxicológicas sobre este pesticida são relatadas na literatura considerando-se sua atuação nos ambientes de águas doces. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar os aspectos ecotoxicológicos deste inseticida sobre o organismo-teste Ceriodaphnia dubia por meio de testes de toxicidade aguda, buscando-se obter o valor médio de CE50 (48h) (Concentração que causa efeito em 50% da população em 48h, por meio da análise da imobilidade ou mortalidade) calculado por meio do Software ICPIN e do método de Interpolação Linear, e por meio de testes de toxicidade crônica, buscando-se adquirir os valores de CENO (maior concentração de efeito não observado na reprodução), CEO (menor concentração de efeito observado sobre os aspectos reprodutivos) e VC (valor crônico – média geométrica entre CENO e CEO). Os valores de CENO e CEO foram obtidos utilizando-se o Software BioStat 5.3 e o método de Kruskal-Wallis, a fim de se comparar a significância da redução no número de neonatos em relação ao grupo controle. As soluções-teste foram preparadas, a partir do padrão puro de chlorantraniliprole ( Sigma-Aldrich, 99% de pureza) e solubilizado em acetona. O resultado para a toxicidade aguda com C. dubia foi de 2,9±1,11 µg/L. Os testes de toxicidade crônica revelaram CENO de 0,61±0,33 µg/L, CEO de 0,91±0,49 µg/L e VC foi de 0,74 µg/L. Considerando-se a proteção da vida aquática, recomenda-se, com base na presente pesquisa, uma concentração de 0,74 µg/L do princípio ativo do pesticida chlorantraniliprole, como limite seguro.