Uso de ácido hialurônico associado ao plasma rico em plaquetas na regeneração de defeitos do disco articular e da superfície osteocondral causados pela osteoartrite na ATM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ankha, Milagros del Valle El Abras [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153743
Resumo: Estudos anteriores sugerem que o ácido hialurônico (AH) e o plasma rico em plaquetas (PRP) têm potencial para melhorar o processo de cicatrização da cartilagem e diminuir a progressão da osteoartrite. No entanto, poucas pesquisas avaliam seu efeito sinérgico. Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito do AH associado ao PRP na regeneração do disco articular e da superfície osteocondral da articulação temporomandibular (ATM). A osteoartrite será induzida por meio da perfuração bilateral do disco articular de coelhos. Quarenta coelhos foram divididos em 4 grupos, conforme o procedimento: sem lesão(SL)/sem tratamento(ST) (n=4), lesão(L)/sem tratamento (ST) (n=12), L/AH (n=12), L/AH+PRP (n=12). Quatro coelhos do grupo SL/ST foram eutanasiados no tempo zero. Após 8 e 24 semanas da perfuração dos discos articulares, seis coelhos dos grupos L/ST, L/AH e L/AH+PRP foram eutanasiados. O disco articular foi avaliado radiograficamente para visualizar possíveis calcificações. Foi realizada análise macroscópica e histológica do disco e do côndilo mandibular. Foi utilizada a análise histoquímica por Picrosirius Red para avaliar a presença de colágeno I e III e a análise imuno-histoquímica do colágeno I e II. As porcentagens de marcação obtidas nas análises histoquímica e imuno-histoquímica foram avaliadas estatisticamente, adotando-se o nível de significância de 5%. Macroscopicamente, o disco articular nos grupos tratados apresentou, na maioria dos espécimes, preenchimento parcial ou total do defeito criado. Os côndilos apresentaram, na maioria dos espécimes, irregularidade da superfície osteocondral. Radiograficamente, após 24 semanas da perfuração do disco, focos de radiopacidade foram observados nos grupos não tratados e em alguns dos espécimes dos tratados. Na análise histológica foi confirmada a presença de material mineralizado, próximo e distante da perfuração, além de diminuição da celularidade e fibrose. Na análise histoquímica, a porcentagem de colágeno I prevaleceu com relação ao colágeno III, tanto no disco quanto no côndilo, independentemente do grupo e período avaliado. Entretanto, no disco não houve diferença estatística significativa. No côndilo, L/AH e L/AH+PRP nos períodos de 8 e 24 semanas apresentaram uma porcentagem de colágeno I significativamente maior que L/ST (p<0,05). A expressão imuno-histoquímica de colágeno I e II no disco não apresentou diferença estatística significante. No côndilo, a expressão do colágeno I apresentou diferença significativa entre os 9 grupos (p=0,00) e os períodos (p=0,05). O grupo L/AH+PRP de 24 semanas apresentou maior porcentagem de marcação positiva para colágeno I, que era diferente dos grupos SL/ST e L/ST, porém sem diferença estatística com relação ao L/AH. Em conclusão, os tratamentos da osteoartrite com AH ou PRP associado ao AH mostram resultados promissores, ajudando na redução do defeito criado no disco, porém, sem resultados satisfatórios como protetores da superfície osteocondral, na presença de perfuração discal.