Análise de Ecoeficiência da Sintetização de Nanopartículas Poliméricas de Atrazina a partir da Avaliação do Ciclo de Vida e Análise de Custo

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Melo, Rafael do Valle [UNESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Pesticidas Aspectos ambientais; Nanopartículas; Ciclo de vida do produto; Poluição agrícola; Environmental aspects; Nanoparticles; Agricultural pollution
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215838

Metodologias de síntese de nanopartículas e formas de liberação controlada têm sido desenvolvidas nas últimas décadas para reduzir a concentração de pesticidas como a atrazina no meio ambiente. O presente trabalho tem por objetivo estimar o indicador de ecoeficiência de dois processos de síntese se Nanopartículas Poliméricas (NPo) contendo Atrazina (ATZ) pelos métodos de Nanoprecipitação (NPr) e Dupla Emulsão (DEm) em um laboratório universitário de pesquisas químicas utilizando a Avaliação do Ciclo de Vida (LCA) e Análise do Custo do Ciclo de Vida (ACCV). Para isso, foi elaborado um inventário do ciclo de vida de ambos os processos de síntese, incluindo o levantamento dos fluxos de matéria e energia em laboratório, e complementando as informações do banco de dados Ecoinvent. A metodologia ReCiPe 2016 com abordagem de ponto médio (H) foi usada para realizar a Avaliação de Impacto do Ciclo de Vida para obter NPo contendo ATZ, na concentração de 1 mg de ATZ por mL de solução final (unidade funcional), usando o software SimaPro. As categorias de impacto selecionadas foram: mudanças climáticas (GW), depleção do ozônio estratosférico (OD), toxicidade cancerígena (HT), acidificação terrestre (AC), ecotoxicidade terrestre (TE), ecotoxicidade de água doce (FE) e esgotamento de recursos fósseis (FS). Para ambos os processos, FE destacou-se entre as categorias de impacto avaliadas, devido ao consumo significativo de energia elétrica. O processo DEm teve um impacto ambiental total 61% maior quando comparado ao processo NPr. A ACCV mostrou que o custo do processo DEm por unidade funcional é 4% maior do que o NPr. Portanto, NPr foi um processo mais ecoeficiente e a transição de ecoeficiência ao adotar o processo NPr em vez de DEm para obter NPo + ATZ representa um ganho de 54%. Duas etapas que ocorrem apenas no processo DEm (sonicação e uso de diclorometano) influenciaram esse resultado. Por esse motivo, a substituição de solventes por outros menos tóxicos e menos poluentes é uma alternativa para melhorar a ecoeficiência no processo de síntese de nanopartículas poliméricas, desde que seja assegurada a mesma eficiência da aplicação do herbicida atrazina nas lavouras.