Estudo celular e molecular da Piper nigrum em linhagens tumorais de câncer de cabeça e pescoço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sousa, Stefanie Oliveira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214495
Resumo: O carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço com acometimento em regiões anatômicas do trato aerodigestivo superior representa o sexto tipo mais comum de câncer no mundo. O seu tratamento inclui cirurgia, terapia por irradiação e quimioterapia, entretanto, estes métodos são altamente invasivos, com um significativo comprometimento funcional. Em função disso, tratamentos fitoterápicos contra o câncer têm despertado interesse científico, e a Piper nigrum, uma planta utilizada no tratamento de diversas doenças, tem sido estudada por possuir moléculas bioativas com propriedades farmacológicas anticâncer. Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo geral avaliar o potencial efeito do extrato total da folha nas células sobre a morfologia, proliferação e migração celular, citotoxicidade, genotoxicidade, apoptose e necrose, ciclo celular, expressão gênica (PTGS2, PTGER3, PTGER4, MMP2, MMP9, TIMP1 e TIMP2) e proteica (PTGS2, PTGER4, MMP2), observando como o composto age e como essas alterações participam do processo tumoral. Para isso foram utilizadas duas linhagens de células tumorais (HEp-2 e SCC-25) e células normais orais (fibroblastos), após o tratamento com a Piper nigrum em três concentrações (10 µg/mL, 50 µg/mL e 100 µg/mL), por 4, 24, 48 e 72 horas. Os resultados evidenciaram que o extrato total da folha de Piper nigrum não altera a morfologia celular, mas diminui a proliferação e migração das células, não altera a viabilidade das células normais, e possui efeitos genotóxico, provavelmente por indução de apoptose celular, e ainda modula a expressão de genes e proteínas envolvidas com o processo inflamatório. Dessa maneira, o extrato total da folha de Piper nigrum parece apresentar uma sinergia entre seus metabólitos atuando diretamente nas células tumorigênicas por mecanismos relacionados às vias antiproliferativas, apoptóticas e/ou inflamatórias e abrem novas possibilidades de estudos futuros para terapias associadas no câncer de cabeça e pescoço.