Tempos de barbante: declínio e revitalização da literatura de cordel. Da Primeira República à contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cação, Barbara Lais Falcão da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136214
Resumo: A partir da década de 1960, a produção de folhetos de cordel, como vinha sendo tradicionalmente praticada, sofre um considerável declínio, embora neste mesmo período poetas como Rodolfo Coelho Cavalcante ainda estejam produzindo, existe o receio de que o cordel brasileiro possa cair no ostracismo. Para evitar o desaparecimento dessa prática, alguns poetas populares começam a dar um tratamento distinto a seus folhetos, adotando temáticas de interesse mais geral e empregando certa erudição nas suas narrativas em versos, numa tentativa de atingir um público mais amplo, como é o caso de Gonçalo Ferreira da Silva, um dos principais mentores do processo de revitalização da Literatura de Cordel. O fato é que, no fim dos anos 70 e início dos anos 80, o interesse pela literatura de folhetos aumenta, principalmente por parte dos pesquisadores e do público acadêmico, cada vez mais interessado em entender aspectos da cultura popular brasileira. Para a compreensão do processo de declínio e revitalização da Literatura de Cordel, o presente trabalho se propõe a analisar alguns folhetos anteriores e posteriores à década de 1960, observando sempre as modificações de ordem técnica, contextual e temática. O corpus desse trabalho conta principalmente com folhetos pertencentes à produção dos poetas Leandro Gomes de Barros, pertencente à Primeira República, Rodolfo Coelho Cavalcante (situado em período intermediário) e Gonçalo Ferreira da Silva, nosso contemporâneo, com pequenas inserções de outros folhetos para ilustrar o processo de modificação da Literatura de Cordel ao longo de mais de 100 anos de produção.