Deficiência de micronutrientes e efeito do niquel no estado nutricional do maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lizcano Toledo, Rodolfo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150109
Resumo: O experimento foi conduzido em casa de vegetação na FCAV/UNESP. Objetivou-se avaliar a caracterização os sintomas visuais de deficiência de micronutrientes em folhas; e avaliar os efeitos desses micronutrientes no estado nutricional do maracujazeiro amarelo. No experimento foi utilizado solução nutritiva, como substrato vermiculita em extrato úmido. Foram utilizadas mudas de maracujá (Passiflora edulis Sims.) do híbrido comercial BRS Gigante Amarelo do Cerrado. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado; com oito tratamentos (solução completa (Controle), omissão de B, omissão de Cu, omissão de Fe, omissão de Mn, omissão de Mo, omissão de Zn, solução completa + Ni); e 5 repetições. Utilizou-se como unidade experimental; vasos com 8 dm-3 de substrato com 1 planta/vaso e 2 vasos por unidade experimental. Após 60 dias do plantio, foi avaliada a matéria seca de cada tratamento, foi feito diagnóstico visual das deficiências nutricionais em folhas. Semanalmente foi avaliado o teor de clorofila para estabelecer regressão linear ou quadrática, entre os teores de clorofila e as deficiências nutricionais de cada tratamento; uma avaliação de variáveis fisiológicas como a transpiração, fotossíntese, condutância estomática e concentração interna e externa de CO2. Avaliaram-se características morfológicas como desenvolvimentos de pêlos radiculares e alterações no mesofilo foliar. A ordem de manifestação das deficiências no experimento foram as seguintes: Fe>Mn>Zn>Cu>Mo>B; a toxicidade de Níquel apareceu aos 40 dias após ao transplante, com sintomas de clorose nas folhas novas, logo um amarelecimento geral e algumas partes brancas. A omissão de B resultou em deformações no limbo foliar e perda da dominância apical, mostrando deformação dos pontos de crescimento; a omissão de Mn ocasionou redução do crescimento e clorose generalizada das folhas jovens com reticulo grosso, a omissão de Fe resultou em uma clorose internerval, com aparência de reticulado fino, sendo Fe e Mn os primeiros nutrientes cuja omissão resulta em sintomas de deficiência nas plantas de maracujá, seguidos pelo zinco e cobre, e por último o boro. O zinco e cobre apresentaram deformação e alongamento das folhas reduzindo consideradamente a altura e desenvolvimento radicular, o molibdênio apresentou uma clorose nas folhas velhas que posteriormente se espalho de forma geral. Os teores dos micros na parte aérea e raiz variaram de acordo ao tratamento, refletindo em problemas morfológicos e a nível ultra-estrutural na célula e fisiológicos, alterando variáveis como a transpiração, fotossíntese, condutância estomática e a relação entre a concentração de CO2 nos espaços intercelulares e a concentração de CO2 no ambiente. A omissão de ferro foi o elemento que mais refletiu problemas pela formação de pêlos radicais, observando-se maior formação destes em condições de deficiência do elemento possivelmente por sua relação com os hormônios etileno e auxinas. Todos os tratamentos apresentaram um desarranjo e desorganização a nível ultra-estrutural, nas organelas como os cloroplastos, parede celular, grânulos de amidos, grânulos de lipídeos, núcleo, afetando o funcionamento da célula e causando problemas fisiológicos que refletem em sintomas visuais e no desenvolvimento do maracujazeiro.