Da Quanta cura (1864) de Pio IX a Rerum novarum (1891) de Leão XIII: relações entre permanências e busca por adaptações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Batista, Carolina de Almeida [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93388
Resumo: Os discursos oficiais da Igreja Católica, principalmente, as encíclicas, proporcionam interessantes discussões a respeito do posicionamento que a Igreja assume perante a realidades históricas que se sobrepujam à instituição, muitas vezes, seguindo por um lado oposto de seus dogmas, doutrina e costumes. Enfocaremos neste trabalho justamente essa relação de contradição. Enquanto a modernidade pedia por um reposicionamento da Igreja Católica, o corpo eclesiástico, formatado desde o Concílio de Trento, não atendia mais as necessidades e se demonstrava ultrapassado e ineficiente para contemplar as novas circunstâncias que se delineavam no decorrer do século XIX: as relações conflituosas entre burguesia e o movimento operário. Relutante em se adaptar, a Igreja ainda se empenhava em traçar uma estratégia para normatização do que não estava mais no caminho de uma salvação. O ultramontanismo representa todo este empenho em não conciliar-se com a modernidade. A partir deste cenário, permeado pela Igreja, imbuída pelos ideais ultramontanos e um contexto que não congregava mais com uma posição de centralidade da religião, busca-se discutir duas posições diferentes de relação com a questão operária e o mundo moderno através da análise de duas encíclicas: a Quanta Cura (1864), de Pio IX, e a Rerum Novarum (1891), de Leão XIII. A primeira trata de negação, hostilidade e luta por permanência dos parâmetros tridentinos; a outra de procura por tentativa de adaptações. Pretende-se, com tal esforço, compreender o processo de preocupação e envolvimento da hierarquia eclesiástica com a questão social, partindo de dois eixos que se demonstraram de extrema importância no delineamento do século XIX, o capitalismo e o socialismo. Feito isso, buscaremos compreender as soluções propostas por cada pontífice, analisando suas características e particularidades