Formação cultural e arte/educação: análise das proposições pedagógicas paulistas na perspectiva da Teoria Crítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bertizoli, José Vitor Fernandes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150085
Resumo: Este trabalho pretende analisar as proposições pedagógicas trazidas no material didático da área de arte, para professores e alunos encaminhados às unidades escolares da rede pública estadual paulista, sob a perspectiva da Teoria Crítica. Discutiu-se, como é proposto, o ensino da área na educação básica, etapa fundamental, particularmente na rede pública estadual de São Paulo e em conseguinte as implicações, ou possibilidades, desta para a formação cultural dos estudantes. Foi analisada uma situação de aprendizagem em artes visuais colocada ao sexto ano do ensino fundamental, que aborda a tridimensionalidade como elemento estético, que segundo a proposta tem como finalidade abordar a relação entre forma e conteúdo na linguagem artística em questão. Pautado no referencial teórico, buscou-se apontar elementos da cultura afirmativa presentes no material, em seguida tornar evidentes aspectos identitários aos da indústria cultural em um processo de semiformação. Buscou-se também imprimir certo caráter propositivo à analise, objetivando ampliar a tensão entre o que é posto pelo sistema de ensino e o que poderia figurar no material. A hipótese de que a facilitação exacerbada de acesso à obra artística e a fragilidade pedagógica do material, caracterizado por proposições simplistas, que não ultrapassam o senso comum, concorrem para o contrário daquilo que se pretende no processo formativo educacional, ou seja, uma formação integral com vistas à emancipação, resistindo à razão instrumental, à reificação e à regressão dos sentidos. São apresentadas evidências com o intuito de comprovar o esperado, visto a forma como é conduzido, via orientações pedagógicas, o ensino dos conteúdos artísticos. A arte, que deveria ser ponto central da proposição pedagógica, se insere como mero exemplo empírico. Outro dado que merece destaque é a caracterização do material como instrumento de controle do trabalho docente visto não permitir autoria no processo de ensino e aprendizagem, impondo ao professor o papel de mero executor.