Mercúrio em solos da sub-bacia do rio Corumbiara/RO: análise do padrão espacial da dispersão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Herrmann, João Carlos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102937
Resumo: Neste estudo, através de uso de ferramentas geoestatísticas, foi estabelecido e analisado o padrão de dispersão do mercúrio total em solos da sub-bacia do rio Corumbiara, estado de Rondônia, nas profundidades de 0 a 10 cm e 10 a 30 cm, considerando-se ainda a geologia e a geomorfologia da área na sua interpretação. Os resultados obtidos através de espectrofotometria de absorção atômica, indicam um valor médio de mercúrio para os solos da sub-bacia de 74,54 μg.kg-1, sendo 72,91 μg.kg-1 na profundidade de 0 a 10 cm e 76,18 μg.kg-1 na profundidade de 10 a 30 cm, em geral inferiores aos de outras regiões da Amazônia. O padrão de dispersão em ambas as profundidades mostra-se semelhante. Os Neossolos Quartzarênicos apresentaram as maiores concentrações médias de mercúrio total, da ordem de 112,61 μg.kg-1, seguido pelos Latossolos com 100,92 μg.kg-1, Argissolos com 88,60 μg.kg-1, Neossolos Flúvicos com 63,09 μg.kg-1 e Gleissolos com 32,96 μg.kg-1. A análise do padrão de dispersão permitiu identificar que o rio Corumbiara tem suas nascentes e a de seus principais tributários posicionadas na parte alta da sub-bacia, onde se encontram os solos com as maiores concentrações relativas de mercúrio total, em unidades geomorfológicas de natureza erosiva e sob impacto da ocupação antrópica. O médio curso e foz do rio Corumbiara se localizam na parte baixa da sub-bacia, dominada por unidade geomorfológica de natureza deposicional, com solos com as menores concentrações relativas de mercúrio. O aparente paradoxo entre a elevada concentração relativa de mercúrio total nos solos erodidos pelo rio Corumbiara e as concentrações relativamente baixas nos solos da área de deposição, pode ser explicado pela natureza pantanosa do ambiente de deposição, o qual favorece a metilação e a remoção do mercúrio destes sedimentos.