Das ruínas à memória: a travessia familiar em Relato de um certo Oriente e Dois Irmãos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lemos, Vivian de Assis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157369
Resumo: Este trabalho tem por objetivo a análise das obras Relato de um certo Oriente (1989) e Dois irmãos (2000), do escritor amazonense Milton Hatoum, com o intuito de averiguar em que medida a memória é utilizada pelos narradores na reconstrução de sua história e, em consequência, de uma reproposição de sua subjetividade. Em Relato de um certo Oriente, temos uma narradora que volta à casa onde passou a infância, logo após a morte da mãe adotiva. Ao escrever uma carta ao irmão adotivo, a narradora recompõe as memórias da infância, marcadas por um mosaico de vozes. Em Dois Irmãos, o narrador tenta, trinta anos depois, conhecer a identidade de seu pai, por meio de um novo olhar para o passado possibilitado pela memória. Para a realização do trabalho, são mobilizados referenciais da fortuna crítica do escritor; sobre o discurso polifônico; estudo da memória; e do trauma a partir de algumas interfaces entre a teoria da literatura e a psicanálise, Ressaltamos nesse momento os estudos de Suzi Sperber como norteadores de nossa pesquisa na medida em que a estudiosa, por meio do conceito de “pulsão de ficção”, concebe o ato humano de criar ficções como uma necessidade humana.