Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Soares, Monica [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193265
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Resumo: |
Naturalizar o fenômeno prostituição com o discurso popular de profissão mais antiga do mundo é minimizar a experiência de milhões de pessoas impactadas por essa realidade. Na atualidade, as preocupações com as condições de vulnerabilidade, principalmente das minorias como mulheres negras, pobres e com baixa escolaridade ainda é um fato. A prostituição como escolha profissional é uma possibilidade, ainda que estigmatizada, cuja problemática está na prostituição não como escolha, mas como recurso de subsistência; como oportunidade de acesso ao mundo do consumo, de fuga da violência doméstica e outros contextos decorrentes da desigualdade social. As mudanças ocorridas nos comportamentos sexuais, na educação e no acesso à informação acerca da sexualidade indicavam, para muitos, o fim da prática prostitucional no futuro, realidade que até o momento parece longe de acontecer. A partir dessas reflexões, decidimos pesquisar as profissionais do sexo na interface com a educação sexual a fim de compreender a trajetória de vida dessas mulheres e suas perspectivas. Elegemos o método qualitativo fenomenológico para desvelar o mundo-vida das colaboradoras a partir dos significados e sentidos atribuídos por elas ao fenômeno. Para a construção do diálogo autêntico, a questão norteadora foi: Conte sobre a educação sexual que recebeu em casa, na escola e/ou em outros locais que frequentou e ainda frequenta, na sua infância, adolescência e até hoje; sobre como foi sua entrada nessa profissão e qual é o seu projeto de vida. As análises compreensivas das falas foram ancoradas nos saberes de Mauro Martins Amatuzzi, acerca da fala autêntica e do silêncio. A partir das análises das falas, emergiram as seguintes categorias: (1) Vida familiar: infância, puberdade, adolescência e iniciação sexual; (2) Educação sexual: intrafamiliar e extrafamiliar; (3) Prostituição: trabalho e ambiente prostitucional. (4) Projeto de vida: perspectivas futuras. Após as análises, compreendemos que um dos principais motivos para a manutenção da prostituição de rua é a desigualdade social e outras questões correlatas e que a educação sexual, especialmente nesse contexto, tem um grande impacto na vida das profissionais do sexo. Esta Dissertação almeja desvelar as vivências das profissionais do sexo na interface com a educação sexual, provocando uma reflexão em direção à desconstrução de preconceitos, discriminação e desigualdades, ampliando os horizontes para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, amorosa e humana para todos e todas. |