Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Soriano, Karen Regiane [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150046
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Resumo: |
Essa pesquisa abordou a temática das narrativas orais em crianças com baixa visão. Há controvérsias na literatura especializada sobre o desenvolvimento da linguagem oral na população com cegueira e baixa visão, ao mesmo tempo em que é enfática ao afirmar a importância dessa habilidade como forma principal de intercâmbio social e construção e apropriação de conhecimentos, nessa população. Nesse sentido, a possibilidade de aperfeiçoar as narrativas orais pode ser uma contribuição importante para o desenvolvimento de crianças com essas características. Temos como hipótese que esse aperfeiçoamento pode ocorrer a partir de estratégias metatextuais, como as propostas pelo PRONARRAR, associadas a adaptações (ampliações ou modificações com características viso-táteis) de histórias. Dentro desse contexto, o objetivo principal desse estudo foi verificar os efeitos do uso de histórias adaptadas, organizadas a partir de estratégias metatextuais, na construção de narrativas orais de uma criança com baixa visão, em idade pré-escolar. De modo específico, pretendeu-se: a) identificar, na concepção materna, as necessidades e potencialidades que poderiam ser contempladas na adaptação de materiais de leitura para uma criança com baixa visão; b) construir e avaliar, na perspectiva do usuário, propostas de adaptações para diferentes situações e; c) avaliar, em situações distintas, a estrutura de narrativas orais dessa criança, (re)produzidas: 1) a partir uma história com tema livre; 2) após a leitura de uma história infantil (com o livro e reduzida à quatro cenas adaptadas com características viso-táteis); e 3) a partir de histórias adaptadas do PRONARRAR (ampliadas e com características viso-táteis). De natureza descritiva, essa pesquisa foi desenvolvida em ambiente domiciliar. Num primeiro momento, foi realizada uma entrevista com a mãe da criança para levantar dados do perfil desta criança, com destaque para preferências de brincadeiras e brinquedos. Num segundo momento, foram elaboradas seleções, adaptações e avaliações das histórias selecionadas com base nos dados da entrevista. Por fim, foram realizadas avaliações das narrativas orais produzidas pela criança, nas três situações distintas. As entrevistas foram analisadas a partir de seu conteúdo temático, as adaptações por meio de uma escala desenvolvida especificamente para este fim e as narrativas por meio de instrumentos específicos apresentados pelo PRONARRAR. Os relatos da mãe forneceram indicadores para a seleção das histórias e dos materiais utilizados para as adaptações. As avaliações de propostas de adaptação indicaram uma preferência para os materiais com características viso-táteis e uma melhor elaboração de narrativas orais, quando foi utilizado o apoio de imagens adaptadas com características viso-táteis. Espera-se contribuir com os avanços em relação às investigações científicas dessa temática, destacando que, em virtude das características específicas de cada sujeito, não podemos tecer generalizações de nossos resultados. No entanto, podemos indicar aspectos importantes para o trabalho com este público, sobre tudo na Educação Infantil, levando em consideração características mais gerais tanto dos sujeitos com baixa visão quanto de crianças em idade pré-escolar. |