Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Vilela, Tainá da Rosa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/144355
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Resumo: |
O presente trabalho relata e discute a tentativa de um projeto de formação de professores em horário de Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC). O projeto foi realizado com 42 professores de duas escolas da rede pública de ensino do município de Itanhaém – SP, a saber: uma escola urbana, de porte médio, localizada no centro da cidade e uma pequena escola rural. Foram envolvidos neste projeto 29 professores dos anos finais do ensino fundamental (6º a 9º ano) na escola urbana e 13 professores entre os anos iniciais e finais do ensino fundamental (1º ao 9º ano) na escola rural. Os trabalhos junto aos professores foram desenvolvidos durante o ano de 2014 entre os meses de março e agosto, mensalmente, em cada uma das escolas envolvidas. Contou-se também com uma palestra concedida pelo Professor Antonio Camargo (Depto. de Ecologia – UNESP/Rio Claro) e uma “saída a campo” por alguns rios da Bacia Hidrográfica do Rio Itanhaém, no mês de setembro. A escola rural contou com novo encontro no mês de novembro do referido ano e na escola urbana foram realizadas três entrevistas semiestruturadas com três professores ao final do projeto. Outros dados foram coletados ao longo dos encontros através de vídeos, áudios, textos produzidos pelos sujeitos, anotações em caderno de campo, e um questionário aplicado aos docentes da escola urbana. O referido curso possuía como temática a Bacia Hidrográfica do Rio Itanhaém, contudo pretendia, mais do que fornecer conhecimentos prontos, promover um levantamento daquilo que trazem estes professores a respeito das suas próprias vivências, histórias e conhecimentos; procurando assim, contribuir para a construção coletiva do significado destes conhecimentos. Neste trabalho são apresentadas reflexões a respeito da relação dos professores com o ambiente local e sobre como os mesmos compreendem a “ciência”, dialogando-as com os obstáculos encontrados na efetivação de processos de formação continuada em horário de trabalho dos professores. Aponta-se também para as possibilidades e desafios da construção de propostas coletivas inseridas no ambiente escolar. A perspectiva teórico-metodológica utilizada esteve baseada na Pesquisa Participante de Brandão (1999), e como auxílio metodológico de exploração, orientou-se pelo Paradigma Indiciário de Ginzburg (2012). Os dados sugerem que a constante rotatividade dos professores em diferentes cidades e escolas provoca uma fragmentação relacionada ao espaço que se apresenta como obstáculo para trabalhos relacionados à iniciativa para atuações locais. Além disso, sugerem que estes professores percebem a “ciência” como conhecimentos prontos, não levando em consideração seus processos e meios de construção, assim como mistificam o papel da universidade. Contudo os dados também revelam o anseio destes professores por melhores condições de trabalho e maiores espaços coletivos e de diálogo dentro da escola, que sob contextos específicos, poderiam vir a ser disparadores de atuações coletivas. Por fim, a escola como local de formação foi percebida neste caso, ainda como uma instância que cede pouco espaço-tempo ao diálogo, necessitando ser repensada sob diversos aspectos, desde a política externa que a organiza até sua gestão interna, a qual deve pautar-se em atividades mais coletivas e politicamente situadas. |