Relação da higiene bucal com a sensibilidade gustativa e nutrição em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Marques, Ana Cristina Lopes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/87950
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da higiene bucal sobre a sensibilidade gustativa e nutrição em idosos. Foram selecionados 54 pacientes institucionalizados, com idade superior a sessenta anos, não fumantes, com capacidade mental satisfatória. Foi feita anamnese, exame clínico odontológico e aplicado um questionário. Foram preparadas soluções de diferentes concentrações nos sabores básicos: doce (sacarose), salgado (NaCl), azedo (ácido tartárico) e amargo (cafeína), as quais os idosos experimentaram. Foi realizado o teste de sensibilidade gustativa inicial a fim de se obter os limiares de detecção e reconhecimento. Foi realizada sialometria em 22 pacientes. A etapa de higienização bucal foi realizada duas vezes ao dia durante cinco semanas, e então foi repetido o teste gustativo e a sialometria, obtendo-se limiares de detecção e reconhecimento finais e o fluxo salivar. As melhoras obtidas para limiar de detecção e de reconhecimento foram, respectivamente: ácido tartárico 29,62% e 38,88%, cafeína 35,18% e 46,29%, sacarose 42,59% e 42,59%, NaCl 44,44% e 53,70%. Pelo teste de McNemar obteve-se resultado estatisticamente significante para o limiar de detecção da cafeína e para o limiar de reconhecimento da cafeína e do NaCl. Pacientes não portadores de prótese apresentaram melhora mais expressiva no limiar de detecção quando comparados com os portadores de prótese. O uso de medicamentos e a presença de xerostomia não influenciaram significativamente os resultados. Houve aumento da ingestão calórica. Concluiu-se que a higienização propiciou melhora na percepção gustativa e melhor aceitação alimentar, incrementando as condições gerais de saúde, e também a auto-estima dos pacientes