Análise comparativa da performance de distintos gamaespectrômetros no estudo da Formação Irati, Bacia do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ceccato, Gabrielle Roveratti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215605
Resumo: Radiações possuem diversas aplicações tanto na ciência quanto na vida cotidiana da humanidade. Este trabalho descreve o uso da espectrometria de raios gama no estudo de amostras da Formação Irati, bacia sedimentar do Paraná. Esta técnica permite medir a radiação natural emitida pelos radionuclídeos pertencentes às séries de decaimento do 238U (eU = 226Ra = 214Bi) e 232Th (eTh = 228Th = 208Tl) e 40K presentes nas amostras analisadas. Uma comparação dos resultados obtidos foi realizada para as leituras feitas em quatro detectores gama, um portátil de iodeto de sódio (Digidart NaI(Tl) - ORTEC), um de óxido de germanato de bismuto (BGO) e dois de cristal de NaI(Tl) de bancada, diferindo em sua geometria (Planar/Torre e Poço). A pesquisa buscou identificar o detector mais apropriado para a análise de amostras de rocha da formação estudada, a qual desperta interesse para o setor de óleo e gás. Após as leituras, fez-se uma análise estatística dos dados obtidos para os radionuclídeos, a qual indicou boa resposta dos gamaespectrômetros baseados nos detectores de cintilação de NaI(Tl) para a análise das amostras de rochas, ao permitirem longos tempos de leitura. Os resultados obtidos indicaram valores extremamente significativos do coeficiente de correlação de Pearson entre o cristal tipo Torre (Planar) e Poço (r = 0,75 para tório e r = 0,71 para potássio), além de duas correlações muito significativas entre os detectores Portátil e Torre (r = 0,53 para urânio e r = 0,59 para tório e potássio). Uma última correlação estatisticamente significativa foi encontrada entre os detectores Portátil e Poço para potássio com valor de r = 0,46, além de leituras de tório cerca de duas a três vezes maiores que o urânio, no detector portátil. Relativamente ao espectrômetro BGO, este não apresentou variabilidade significativa nos resultados, por não permitir longos tempos de detecção requeridos para a análise das amostras de rocha da Formação Irati, devido a sua baixa radioatividade. Algumas diferenças nos resultados obtidos pelos gamaespectrômetros puderam ser atribuídas a fatores geométricos, tamanho das amostras e formatos, bem como protocolo adotado para a preparação das amostras.