A formação inicial do professor de Matemática: a perspectiva dos formadores das licenciaturas de Presidente Prudente-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Batista, Alex Ribeiro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154294
Resumo: A presente pesquisa vincula-se à Linha de Pesquisa “PROCESSOS FORMATIVOS, ENSINO E APRENDIZAGEM” do programa de Pós-Graduação em Educação da FCT/UNESP (Presidente Prudente- SP). Ela tem como objetivo geral caracterizar as concepções e práticas relatadas pelos docentes das licenciaturas em Matemática de Presidente Prudente (SP). As percepções e os conhecimentos relacionam-se à formação de futuros professores e pretendem analisar como tais elementos se relacionam com o perfil de formação de professor, do qual o projeto pedagógico dos cursos em análise traçou as linhas mestras. A pesquisa desenvolveu-se com abordagem qualitativa de caráter descritivo-explicativo, cujos sujeitos são 17(dezessete) professores formadores de dois cursos de licenciatura em Matemática na cidade, um deles estabelecido em uma instituição particular (Curso I) e o outro em uma universidade pública (Curso II). Para tanto, analisamos os Projetos Políticos Pedagógicos das instituições, bem como fizemos um levantamento do perfil, das concepções e das práticas dos formadores por meio de questionários e entrevistas. Os dados foram levantados através de análise de conteúdo por tema. Os resultados apontaram que o perfil dos formadores investigados caracteriza-se como homogêneo, já que muitos deles estudaram em escola pública durante a Educação Básica, realizaram cursos de graduação e pós-graduação em instituições públicas e sempre gostaram de Matemática. Quanto ao ingresso na carreira universitária há diferenças. No caso da universidade pública, isso se dá por concurso e no caso da instituição particular por convite baseados nos currículo dos professores. No caso da experiência na Educação Básica, parte dos docentes do Curso I atuaram nesse nível de ensino, enquanto no Curso II, poucos atuaram. A maioria dos formadores não realiza pesquisas na área de Educação Matemática. Tanto as concepções dos formadores sobre a formação de professores de Matemática, quanto a ideia de professor para atuar na Educação Básica demonstra-se difusas e parciais, sendo o licenciando considerado como principal obstáculo para a realização do que é previsto nos Projetos Político Pedagógico dos cursos em que atuam. Apesar de acreditarem que o perfil do curso em que trabalham está mais voltado para a Educação Básica, os formadores concebem um perfil de professor fragmentado, em que se delineia uma dicotomia entre as dimensões da formação docente. Exceto no caso dos professores da área pedagógica, não há uma concepção, por parte dos professores da área específica. Entre eles, avoluma-se a percepção de que o projeto do curso como um todo é o responsável pela formação docente e não um dos seus aspectos isoladamente. Os resultados da pesquisa também revelaram que, na opinião dos formadores, o desprestígio das licenciaturas manifesta-se tanto de ordem acadêmica, quanto social. Por fim, no que concerne aos desafios para os cursos de licenciatura, os formadores apontaram que eles são inerentes à passagem dos licenciandos em professores.