Romances-folhetins de “bom tom” para o encanto do “belo sexo”: reflexões sobre as narrativas produzidas por João Manuel Pereira da Silva.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Porto, Jakeline Longo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255069
Resumo: Esta tese tem o objetivo de estudar narrativas de ficção publicadas nos periódicos da primeira metade do século XIX pelo escritor, historiador e político João Manuel Pereira da Silva. Após um primeiro contato com o corpus, observamos que ele se dividia em três grandes eixos temáticos: narrativas fantásticas, sociais e históricas. Essa divisão foi considerada para a execução deste trabalho. A partir disso, iniciamos uma investigação de um dos critérios de julgamento para a avaliação da qualidade da prosa da época, a moralidade. Verificamos que as narrativas fazem uso do aparato de leis em vigor na época, o Código de Ordenações Filipino, e também interpõem as regras religiosas da fé em voga, a da Igreja Católica. Estudando o “projeto moralista” de Pereira da Silva, constatamos que as convenções norteadoras da prosa ficcional de Silva, estavam na esteira da ideia, muito utilizada pelos periódicos do século XIX, de instruir e divertir ao mesmo tempo. Nessa época, já se tinha em mente que a literatura tem um poder corruptor e dessa maneira, poderia moldar decisões ou, ainda, emprestar ideias a quem não as tem. Assim, era de bom tom que a disseminação de conceitos fosse referente ao princípio moralista do convívio na sociedade oitocentista.