Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ramalho, Maria Luiza Franca |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/252709
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Resumo: |
O presente trabalho se dedica a investigar como a memória em torno da figura, vida e obra de Víctor Jara (1932-1973) foi construída, a partir da análise de projetos mobilizados pela bailarina britânico-chilena Joan Jara (1927-2023), sua viúva. O multiartista foi um dos principais expoentes do movimento da Nova Canção Chilena; e Joan, uma das criadoras do movimento do Balé Popular. Ambos ofereceram apoio a Salvador Allende durante a campanha e o governo da Unidade Popular (1970-1973). Em 1973, após o golpe de Estado de 11 de setembro, Victor foi preso, torturado e executado no Estádio Chile, e a viúva partiu para o exílio empenhando-se em divulgar o assassinato e preservar o cancioneiro do marido. Joan foi um importante nome da oposição à ditadura civil-militar (1973-1990) de Augusto Pinochet, atuando por justiça, memória e reparação no exílio, no retorno ao Chile (1984) e durante o processo de transição democrática (1990). Como vítima de um trauma histórico, em diversos projetos defendeu a “natureza humanista do socialismo” e a positividade histórico cultural do governo de Allende. A fim de compreender como Joan Jara elaborou seu testemunho e quais as identidades estão presentes na formulação e difusão da narrativa sobre o legado de Víctor, examinamos recortes de imprensa acumulados no Archivo Víctor Jara, o LP póstumo Manifiesto Chile September 1973 (1974) e o livro Canção Inacabada (lançado originalmente em 1983), tendo como foco a constituição da memória até a criação da Fundación Víctor Jara (1993). |